'Playboy de Curicica' morreu durante operação da polícia no Complexo da Maré

O miliciano estava em uma espécie de bunker da facção Terceiro Comando Puro

Por João Boueri

'Playboy de Curicica' morreu durante operação da polícia no Complexo da Maré
Apreensões realizadas na operação
Divulgação

O miliciano apontado como chefe da organização criminosa que atua em Curicica, na Zona Oeste do Rio, morreu durante uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, na Zona Norte. A ação desta quinta-feira (29) foi planejada para prender preventivamente Leandro Xavier da Silva, conhecido como "Playboy de Curicica", pelo crime de homicídio, mas, segundo os agentes, houve confronto e ele foi atingido. As investigações para descobrir a localização do acusado duraram dois meses.

O segurança do miliciano também foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Ele foi identificado como Ivert Leone Ramos Ferreira. Duas armas foram apreendidas. 

O confronto foi registrado em áudios que circularam nas redes sociais ao longo do dia. Um dos acessos da Linha Amarela para a Linha Vermelha chegou a ser fechado no sentido Ilha do Governador. 

O miliciano estava em uma espécie de bunker da facção Terceiro Comando Puro. Segundo as investigações, Playboy de Curirica se aliou recentemente aos traficantes que atuam na Vila do Pinheiro, no Complexo da Maré, após as facções criminosas rivais se fortalecerem. Ele tinha sido preso em agosto do ano passado, mas foi colocado em liberdade no mês seguinte. Playboy é apontado como um dos responsáveis pela guerra entre organizações criminosas no início do ano na Zona Oeste. A milícia de Leandro Xavier é subordinada ao principal grupo paramilitar do Rio de Janeiro, o Bonde do Zinho, chefiado por Luís Antonio da Silva Braga. 

De acordo com o delegado Mauro César, a diferenciação entre milícia e tráfico de drogas diminuiu nos últimos anos.

O delegado Fabrício Oliveira disse que as investigações vão continuar para coibir novos crimes.

Com a prisão de André Costa Barros, conhecido como "Boto", em 2021, Playboy de Curicica virou o chefe da milícia que atua em Curicica. Boto é um dos criminosos que foram transferidos para presídios federais, após determinação da Justiça do Rio. Ele, que agora cumpre pena na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, tem anotações criminais por organização paramilitar, receptação, homicídios, posse ou porte ilegal de arma, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

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