A Polícia Civil acredita que a quadrilha do PIX parcialmente desarticulada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, tenha causado um prejuízo de R$400 mil às vítimas. Dois integrantes do grupo foram presos nessa terça-feira (9) por agentes da delegacia do município. De acordo com os investigadores, os criminosos mantinham as vítimas em cárcere privado enquanto faziam transferências de dinheiro via PIX. A organização criminosa já agiu mais de dez vezes dessa forma ao longo dos últimos três meses, pelo menos, segundo a polícia, que agora tenta identificar e localizar os outros bandidos.
A quadrilha divulgava um anúncio na internet de venda de um carro de 2007 por 11 mil e 500 reais. Essa era a isca que os criminosos usavam para atrair as vítimas. As pessoas interessadas entravam em contato com o suposto vendedor. Ele sempre marcava o ponto de encontro no Bairro das Graças, em Belford Roxo. Ao chegar no local, as vítimas eram abordadas pelos bandidos.
Uma das vítimas, que prefere não ser identificada, perdeu cerca de 14 mil reais. Ela chegou a ser agredida pelos criminosos.
Uma outra vítima, que também teve a identidade preservada, conta que os bandidos faziam terror psicológico.
De acordo com o delegado José Mario Salomão de Omena, a quadrilha é extremamente violenta.
O grupo já vinha sendo monitorado pela polícia há um mês. Os dois presos foram localizados em uma ação de inteligência. Os agentes foram até o endereço onde mais um crime seria cometido e abordaram ocupantes de um veículo, que reagiram atirando contra os policiais. Igor Souza Doroteu foi preso em flagrante. Dois criminosos conseguiram fugir. Duas vítimas que estavam no veículo foram libertadas sem ferimentos.
Agatha Gomes Marcondes da Silva foi detida em casa. As investigações apontam que ela era a responsável por fornecer a conta bancária para onde são feitas as transferências via PIX.
A Polícia Civil pede que outras pessoas que possam ter sido vítimas dessa quadrilha procurem uma delegacia para denunciar o caso e reconhecer os criminosos.
