Polícia Civil investiga militares que assassinaram Renato Couto

Objetivo é descobrir se criminosos usavam uniforme da Marinha no momento do homicídio

Marcus Sadok

Renato foi morto na madrugada em que fazia um trabalho extra de segurança Reprodução/BandNewsFM
Renato foi morto na madrugada em que fazia um trabalho extra de segurança
Reprodução/BandNewsFM

A Policia Civil investiga se os militares envolvidos na morte do policial civil Renato Couto, de 41 anos, usavam uniformes da Marinha para desviar atenção da atividade do ferro velho, na Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio, que envolve receptação de produtos roubados por usuários de drogas. 

Fardas de fuzileiros navais foram apreendidas no local. Um caminhão na cor usada pela Marinha também foi apreendido. O enterro da vítima foi realizado nesta terça-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com as investigações, o sequestro do agente ocorreu após uma briga que ele teve com o dono ferro-velho Lourival Ferreira de Lima, 67 anos. O policial desconfiava que o acusado estivesse comercializando materiais furtados de uma obra que ele estava fazendo no Maracanã, na mesma região. 

Diante da discussão, o filho do comerciante, Bruno Santos de Lima, que é militar da Marinha, e outros dois colegas de farda, Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Motta, sequestraram a vítima usando uma van oficial, atiraram três vezes contra ele e o jogaram no Rio Guandu. Um vídeo mostra o momento do sequestro. 

Nesta terça-feira, a Prefeitura do Rio começou a desmontagem do ferro velho. 

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