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Polícia investiga caso de motorista de aplicativo que agrediu passageiro negro

Segundo o passageiro, o motorista realizou as agressões porque acreditava que ele seria o autor de roubos praticados na Zona Norte do Rio

Por Mariana Albuquerque

Vídeos nas redes sociais registraram momento em que motorista imobilizou o passageiro Reprodução/Redes Sociais
Vídeos nas redes sociais registraram momento em que motorista imobilizou o passageiro
Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil investiga como lesão corporal e injúria racial o caso de um motorista de aplicativo que agrediu um passageiro negro, durante uma corrida na Zona Norte do Rio.

Segundo o atleta Carlos Eduardo, a mãe dele pediu um carro no aplicativo Uber para que ele encontrasse com ela em Bonsucesso, para irem à festa de uma prima. O passageiro disse que conversava com o motorista sobre futebol, até que Matheus Fortes puxou o freio de mão, deu um golpe em Carlos e puxou o passageiro para fora do carro.

O caso aconteceu na noite desta quinta-feira (17).

Segundo o atleta, o motorista de aplicativo alegou que o agrediu, porque acreditava que ele seria um homem que praticava roubos na região e que achava que a garrafa de whisky do jovem era uma arma.

Os envolvidos já foram ouvidos na delegacia de Vila Isabel, assim como uma testemunha. Carlos Eduardo fez exame de corpo de delito e, após o resultado, o caso vai ser encaminhado à Justiça.

Procurada, a Uber informou que não tolera qualquer forma de discriminação e que a conta do motorista foi temporariamente desativada, enquanto aguarda as apurações policiais. A empresa também disse que, em casos dessa natureza, encoraja a denúncia tanto pelo próprio aplicativo como às autoridades competentes.

A Polícia Civil investiga outros dois casos de racismo na Região dos Lagos que também ocorreram nesta quinta (17).

Em Arraial do Cabo, uma hóspede argentina que estava no Enseada Hostel proferiu ofensas racistas com um palavrão contra uma funcionária. A argentina foi autuada em flagrante por injúria por preconteito, mas pagou fiança e foi liberada. O Consulado Argentino já foi comunicado.
Já uma outra mulher, em São Pedro da Aldeia, chamou um policial de macaco. Ela foi autuada em flagrante por desacato, injúria, injúria por preconceito e vias de fato. O caso foi levado para a Justiça.

A reportagem aguarda um posicionamento do Enseada Hostel e do Consulado Argentino.

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