Equipes da Polícia Militar voltam ao Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, depois da operação que terminou com um policial e quatro suspeitos mortos na terça-feira (11).
Agentes do Bope e do Batalhão de Ações com Cães atuam no conjunto de comunidades, inclusive com o uso de blindado. Segundo a corporação, o batalhão da região também reforça o policiamento no entorno.
Ao todo, 24 pessoas foram presas, entre elas sete criminosos acusados de integrar cúpula do tráfico de drogas de Minas Gerais. Cinco estavam foragidos da Justiça. De acordo com a Polícia Militar, bandidos de outros estados têm utilizado o Complexo da Maré como esconderijo.
Criminosos reagiram à operação de terça (11), levando pânico às três principais vias expressas do Rio. Motoristas precisaram se abaixar em meio aos carros para se proteger dos tiros. Na Linha Vermelha, policiais chegaram a usar um caminhão como uma espécie de escudo. Na Avenida Brasil, uma carreta foi atravessada na pista e um ônibus foi incendiado. Na Linha Amarela, uma pessoa ficou gravemente ferida após bater em um caminhão, que estava sofrendo uma tentativa de assalto.
Os agentes apreenderam onze fuzis, cinco pistolas, uma espingarda, drogas e até uma metralhadora antiaérea, capaz de derrubar aeronaves. Os agentes ainda recuperaram oito veículos, sendo seis carros e duas motos roubadas.
O sargento Jorge Henrique Galdino Cruz, de 32 anos, deve ser enterrado na tarde desta quarta-feira (12), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O policial ingressou na corporação em 2011 e deixa esposa e três filhos.
O também sargento Rafael Wolfgramm Dias, que foi baleado, passou por cirurgia e está internado no Hospital Federal de Bonsucesso com quadro de saúde considerado estável.
Ainda na noite de terça (11), o Supremo Tribunal Federal intimou o governador Cláudio Castro a se manifestar sobre a operação. O ministro Edson Fachin cita uma petição protocolada pela Defensoria Pública do Rio, que questiona se os agentes envolvidos na ação estavam usando câmeras nos uniformes e se a incursão foi avisada ao Ministério Público. O documento também pede que, se outra operação for realizada, todos os policiais estejam com as câmeras corporais.