Polícia se aproxima de concluir investigação sobre marido morto de cônsul alemão

Walter Henri Maximilien Biot foi encontrado morto com mais de 30 lesões e seu marido, Uwe Herbert Hahn, está preso preventivamente

Nicolle Timm

Walter Henri Maxilien Biot e cônsul alemão Uwe Herbert Hahn Reprodução/Redes Sociais
Walter Henri Maxilien Biot e cônsul alemão Uwe Herbert Hahn
Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil aguarda apenas o laudo toxicológico do belga Walter Henri Maximilien Biot para concluir a investigação sobre o assassinato dele. Os investigadores querem saber se a vítima foi dopada antes de morrer, o que teria impedido a possibilidade de defesa no momento do crime.

A síndica do prédio em Ipanema onde o belga morava com o marido e Cônsul da Alemanha, Uwe Herbert Hahn, prestou depoimento nesta terça-feira (9). A delegada Camila Lourenço afirma que as testemunhas ouvidas reforçaram ainda mais o contexto de violência doméstica e de opressão ao qual Walter era submetido pelo companheiro, que está preso preventivamente.

Na segunda-feira (8), um amigo da vítima relatou à polícia que "Uwe constantemente diminuía Walter pelo fato de ele não trabalhar" e que o belga "relatava ter vergonha dos vizinhos, uma vez que a gritaria era constante e, por diversas vezes, com objetos atirados um contra o outro".

Além disso, a testemunha contou que Walter teria herdado 600 mil euros de um amigo rico que morreu há cerca de um ano na Bélgica e que a partir disso "Uwe passou a intensificar as brigas... já que não podia mais diminuir o marido".

A testemunha entrou em contato com o irmão de Walter para comunicá-lo sobre a morte e teria ouvido dele que a vítima chegou a revelar que sofria agressões do marido e estava pensando em denunciar à polícia.

A diarista que trabalhava para o casal também prestou depoimento e contou que já havia encontrado manchas de sangue na fronha do travesseiro usado por Walter. O belga foi encontrado morto com mais de 30 lesões no corpo.

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