Entre janeiro e novembro de 2022, mais de 8 mil chamados foram abertos para atendimentos a pessoas em situação de rua no município do Rio. Apesar do número ser menor do que no passado, o cenário ainda preocupa moradores de algumas regiões.
A proprietária de uma loja na Rua Visconde de Itamarati, no Maracanã, Zona Norte do Rio, que preferiu não se identificar, chegou a abrir 8 reclamações na central do 1746 pedindo que profissionais especializados fossem conversar com pessoas em situação de vulnerabilidade que ocupam a frente do estabelecimento dela.
Os bairros que mais registraram chamadas este ano foram Copacabana, Centro, Tijuca, Barra da Tijuca e Botafogo. Segundo 1° Censo de População em Situação de Rua da cidade, até 2020, cerca de 7.200 pessoas viviam em situação de rua no município.
O escritor e ex-morador de rua Léo Motta, que trabalha com uma rede de apoio nas ruas, conta que devido a fome o desemprego, muitas pessoas, mesmo com casa própria, acabam indo pra rua em busca de outros meios para sobreviver.
O Subsecretário de Programas para População em Situação de Rua, Valnei Alexandre Fonseca, complementa que com a crise da pandemia, a situação se agravou.
Atualmente, existem 53 abrigos municipais no Rio, totalizando 2.600 vagas para adultos, crianças, adolescentes e idosos. A ocupação dos abrigos varia diariamente. Hoje há 2.097 pessoas nos abrigos.