A Prefeitura do Rio de Janeiro diz que pretende respeitar o tombamento e a memória afetiva do Mercadinho São José, na revitalização do espaço. Nesta sexta-feira (22), foi apresentado o projeto para as mudanças do local, que agora também conta com um anexo ao lado. Abandonado desde 2018, o Mercadinho deve reabrir ao público no segundo semestre do ano que vem. O valor das obras passa de R$ 8 milhões.
O consórcio das empresas Junta Local e Engeprat, estruturado pela Konek Transformação Imobiliária, vai ser o responsável pela gestão do espaço pelos próximos 25 anos. O valor de outorga oferecido foi de R$ 5 mil por mês e mais 10% do faturamento com patrocínio, publicidade e eventos.
Em meados de 2023, a Prefeitura do Rio comprou do INSS o prédio e o terreno ao lado, por R$ 3 milhões. Depiois da escolha do consórcio, a próxima etapa é o licenciamento do projeto e, e seguida, o início das obras, com duração prevista em um ano. Como explica o presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos, Gustavo Guerrante.
Além da função de mercado, com a permanência dos boxes, o espaço também vai receber programações e curadoria gastronômica e cultural. O objetivo da Prefeitura é valorizar a produção local da cidade e expor produtos orgânicos e agro-ecológicos do pequeno produtor. Presidente da Associação de Moradores e Amigos de Laranjeiras, Marcus Seixas comenta sobre a expectativa para a reabertura do local e espera que ele possa funcionar ainda melhor que nos anos anteriores...
O Mercadinho São José é patrimônio tombado desde 1994 e já foi senzala e celeiro, na época Imperial. As baias foram adaptadas para boxes, em 1942, quando o local foi transformado em um mercado, para abastecer a população com mercadorias mais baratas, durante a guerra. Entre os artistas que já recebeu, está o nome de Tom Jobim, no fim do século XIX.