Presidente da Petrobras ironiza possibilidade de deixar cargo

Segundo a colunista Mônica Bergamo, Jean Paul Prates chegou a pedir uma reunião "definitiva" com o presidente Lula para tratar da permanência na empresa

Por Pedro Dobal

Presidente da Petrobras ironiza possibilidade de deixar cargo
Prates fez postagem em rede social
Tomaz Silva/Agência Brasil

Após as incertezas envolvendo o pagamento de dividendos extraordinários e a permanência do presidente da Petrobras no cargo, a Comissão de Valores Mobiliários abriu um procedimento para acompanhar a situação da empresa.

Nas redes sociais, o presidente Jean Paul Prates chegou a ironizar as especulações sobre a possível saída dele. Na publicação, ele disse que sairia da companhia para ir para casa de noite, mas que voltaria na manhã seguinte, por ter a agenda sempre cheia.  

Segundo a colunista Mônica Bergamo, em meio a críticas feitas inclusive por membros do governo, Prates chegou a pedir uma reunião "definitiva" com o presidente Lula para tratar da permanência na empresa e ainda aguarda uma resposta sobre o possível encontro. Ele espera receber o apoio de Lula para seguir no cargo. O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, é um dos nomes cotados para a função, caso Prates deixe a companhia.

Os atritos entre ele e setores do governo incluem a discordância do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a reinjeção de gás natural em poços de petróleo e sobre o pagamento dos dividendos extraordinários.

Na quinta-feira (4), após rumores de que a empresa teria decidido distribuir os valores a mais aos acionistas, a Petrobras informou que não há qualquer definição sobre o assunto.  

O economista Roberto Simonard explica a mudança de posição em parte do governo, que defende o pagamento dos dividendos para aliviar as contas públicas, já que a União é o principal acionista e receberia grande parte do valor.

A Petrobras ressaltou que, no mês passado, o Conselho de Administração propôs que o lucro remanescente do ano passado, de quase R$ 44 bilhões, seja destinado para a reserva de remuneração do capital, uma espécie de colchão de segurança que garante o pagamento de dividendos futuros.  

A aprovação final da proposta só vai ocorrer na Assembleia Geral de Acionistas, marcada para o dia 25 de abril.

Ao longo da quinta-feira (4), as ações da companhia oscilaram bastante e fecharam o dia em queda de 1,41%.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais