Os proprietários da casa de repouso em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, que foi fechada por apresentarem condições precárias e insalubres cobravam entre R$ 1.500 e R$ 3.000 para cuidar dos idosos, segundo a Polícia Civil.
No domingo (7), Manoel Alves Paulino e Vanessa da Silva Ferro foram presos em flagrante, pelos agentes da Delegacia de Campo Grande (35ª DP) acusados de tortura, cárcere privado e maus-tratos.
Ao todo, 29 idosos foram resgatados do local. Eles não tinham atendimento médico e faltavam materias hospitalares e de higiene para cuidar das vítimas. Os policiais também constataram que a alimentação dos pacientes era precária e alguns deles ainda eram agredidos.
Dois idosos resgatados precisaram ser levados para unidades de saúde. Um homem de 59 anos que estava com inúmeras úlceras de pressão, uma delas em estado de profunda necrose, com quadro de desnutrição e desidratação aguda, além de visível infecção generalizada aparente, está internado no Hospital Municipal Pedro II.
Já uma idosa de 81 anos foi levada para o Hospital Municipal Rocha Faria, por estar desidratada, desorientada, hipotensa, hipotérmica e apresentando cianose de extremidades.
A esposa de um homem que estava internado no asilo disse, em depoimento, que estava sendo impedida pelos donos do asilo, há mais de um ano, de ver o marido. Ela afirma que a proibição foi determinada pelos dois filhos de outro casamento do marido, que tomaram todos os bens dele, incluindo mais de R$ 100 mil em conta, e o internaram, na pandemia, quando ele teve depressão.
Os policiais conseguiram chegar até o asilo após denúncias de técnicas de enfermagem que estagiavam no espaço.
