Apesar de inúmeras políticas públicas criadas para o combate à violência contra mulher, o número de casos de feminicídios continua chamando atenção no Rio e em outros estados do Brasil. Só na última semana no Rio de Janeiro, a BandNews FM noticiou seis casos de violência de agressões contra mulheres. Desses, quatro resultaram em morte. Segundo a Rede de Observatórios de Segurança, a maior parte dos crimes é cometida por companheiros e ex-companheiros.
Em Araruama, na Região dos Lagos, a Polícia Civil investiga o assassinato de Elaine Souza, de 47 anos, que foi encontrada morta em casa com perfurações por faca. Em Bangu, na Zona Oeste, Aline da Silva de Oliveira, de 41 anos, foi assassinada pelo ex-companheiro na frente do filho de apenas 8 anos. Em Irajá, na Zona Norte, um homem foi preso acusado de agredir e matar a própria esposa.
No Rio, entre 2021 e 2022, o Estado teve uma alta de 45% nos casos de violência contra a mulher. Nos casos de estupros no território fluminense, o número dobrou. Já a Bahia foi o estado com a maior taxa de crescimento e o primeiro no ranking em relação a casos de feminicídios do Nordeste.
A advogada Maira Barros foi vítima de violência doméstica e conta que as agressões começaram de forma psicológica. Só depois de muitos anos escondendo as marcas de violência no corpo, que ela conseguiu tomar alguma iniciativa.
A advogada da OAB Mulher, Fernanda Monteiro, afirma que o machismo enraizado faz com que mulheres sejam assassinadas pelo simples fato de serem mulheres.
De acordo com dados da Rede de Observatórios da Segurança de 2022, que levaram em consideração números da Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro Maranhão e Piauí, uma mulher morre a cada dia pelo fato de ser mulher.
O maior número de casos de violência contra a mulher foi registrado em São Paulo: um a cada dez horas.
Na última semana a BandNews FM noticiou seis casos de violência de agressões contra mulheres