O estado do Rio voltou a registrar circulação de dengue tipo 3 após 17 anos sem registros da doença em território fluminense. Dois casos foram confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde nesta sexta-feira (5), após exames feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels e pelo Laboratório de Referência da Fiocruz. Uma mulher de 39 anos e uma criança de um ano foram infectadas. As duas foram tratadas e passam bem.  

Os casos aconteceram em fevereiro deste ano em Paraty, na Costa Verde, e em Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Os municípios investigam se os casos aconteceram dentro dos territórios ou foram importados.

O estado do Rio segue com o decreto de epidemia de dengue vigente, por ainda apresentar altos índices da doença.

Em 2024, a maior parte dos registros é de casos de dengue dos tipos 1 e 2, com predomínio do sorotipo 1. A dengue tipo 3 não circulava no estado desde 2007.

Até esta sexta-feira (5), foram registrados 186.624 casos prováveis de dengue e 91 mortes confirmadas em todo o estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressalta que a dengue tipo 3 não apresenta diferenças relevantes aos sorotipos 1 e 2.

"Os sinais de sintomas são parecidos. O diferencial é que ele não circula há muito tempo nos estados de janeiro. Então, a longo prazo, a gente vai entender que existem pessoas suscetíveis a esse vírus e pode, ao longo do tempo, essa quantidade de pessoas contaminadas, mudar um pouco o cenário atual, que é do sorotipo 1 e 2, que está prevalecendo. Então, relação a esses casos não é um sinal de alerta para a população, de piora de cenário nesse momento. É sinal apenas de atenção para continuarmos com as nossas rotinas em relação aos criadores e a rotina contra a dengue."