SuperVia ameaça paralisar serviço em agosto

Empresa afirma que depende de novos repasses do Governo do Estado para continuar trabalhando

João Boueri*

Contrato atual iria até 2045 Divulgação / SuperVia
Contrato atual iria até 2045
Divulgação / SuperVia

O serviço de trens urbanos no Estado do Rio de Janeiro pode ser paralisado em agosto. A afirmação é do diretor-executivo da empresa Gumi Brasil, vinculada ao grupo japonês Mitsui que detém cerca de 88% da SuperVia. A declaração foi dada durante audiência pública realizada na Alerj.

A concessionária disse que depende de novos repasses do Governo do Estado por meio de um termo aditivo no contrato de concessão. O CEO da Gumi Brasil, Kazuhisa Ota, afirmou que os investimentos de quase R$ 2 bilhões realizados pela SuperVia não são suficientes para evitar um colapso financeiro no mês que vem, caso não seja feito acordo com o Governo.

O subsecretário estadual de mobilidade, Alexandre Daiuto, disse que a negociação deve ser concluída ainda neste mês e a verba deve começar a ser repassada em agosto.

Segundo levantamento realizado pela BandNews FM através de dados da SuperVia, 107 casos de furto de cabos foram registrados pela concessionária em junho. Essas ocorrências causaram 764 atrasos só no mês passado. Pouco tempo depois de começar a substituir os cabos aéreos por subterrâneos, a SuperVia disse em reunião com o Governo do Estado e a Polícia Militar que já há tentativas de furto dos equipamentos que foram enterrados.

Uma nova audiência deve ser convocada em 10 dias pelos parlamentares que integraram a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Trens da Alerj. O contrato de concessão vai até 2045, mas a SuperVia pode devolver a gestão no ano que vem, caso as obrigações previstas não estejam sendo cumpridas.

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