A taxa de desemprego no país fica em 7,6% no trimestre encerrado em outubro e atinge o menor resultado para o período desde 2015. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, houve recuo de 0,3 ponto porcentual frente ao trimestre encerrado em julho.
O número de pessoas com um trabalho foi recorde da série histórica iniciada em 2012 e ultrapassou os 100 milhões de trabalhadores pela primeira vez, crescendo 0,9% no trimestre e 0,5% no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, excluindo os trabalhadores domésticos, chegou a 37,6 milhões, com alta de 1,7% no trimestre e de 2,7% no ano. Esse é o maior contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2014.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve aumento na posição de ocupação de empregados sem carteira assinada, de 5,8%.
A colunista de economia da BandNews FM Juliana Rosa destaca o cenário como positivo.
"A gente olha os dados de carteira e sem carteira e os dois estão crescendo. Diminui também a população chamada desalentada, porque o desalento também tem a ver com o desânimo de procurar ", avalia.
A população desalentada também diminuiu 6% em relação ao trimestre anterior, e 17,7% no ano. Apesar do cenário positivo, 3,4 milhões de brasileiros estão desalentados. É o caso de Carlos Souza, que tem o ensino médio completo e possui curso técnico em bombeiro civil.
"Desde 2019 procuro emprego. Mesmo eu vendo que tem essas ofertas de emprego, eu sei que não está dando muito certo. Eles estão olhando para as dívidas do banco e não estão contratando a gente por esse motivo", fala ele.
O rendimento recebido por empregados ficou próximo dos R$ 3 mil, acelerando 1,7% no trimestre. Nesse quesito os setores de Indústria, transportes, armazenagem e correios, Administração pública, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais tiveram alta.
Já número de trabalhadores domésticos ficou estável nas duas comparações, assim como o número de empregadores.