A taxa de pobreza no país fica em 31,6% em 2022 e atinge o menor patamar desde 2020, início da pandemia de Covid-19.
Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6), pelo IBGE, em termos absolutos, havia 12 milhões e 700 mil pessoas na extrema pobreza no ano passado.
Aquelas consideradas pobres, que saíram da situação de pobreza extrema, baixaram de 78 milhões em 2021 para 67,8 milhões. Isso significa uma redução de mais de 13%, possibilitada pelas políticas de transferência de renda e pela retomada do mercado de trabalho, segundo André Simões, analista da pesquisa.
Entre as regiões, Norte e Nordeste concentraram os maiores volumes de pessoas nessas situações.
No recorte por raça, as pessoas pretas ou pardas representavam mais de 40% dos pobres e dos extremamente pobres. Em 2022, duas em cada cinco mulheres pretas ou pardas estavam na pobreza.
Os números divulgados nesta quarta ainda mostram que as crianças e os jovens são quem mais sofrem com as duas situações. Quase metade da população até os 14 anos era considerada pobre ou extremamente pobre.
De acordo com o IBGE, os programas sociais reduziram a extrema pobreza em cerca de 80%.
Em outubro de 2021, durante a pandemia da Covid-19, o governo de Jair Bolsonaro (PL) anunciou o Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família, lançado nos governos petistas. A cota de pagamento estabelecida ficou em R$ 400,00.
Já às vésperas da eleição de 2022, o mandatário expandiu o benefício para R$ 600.
Na pesquisa, o IBGE analisou os critérios de linhas de pobreza e extrema pobreza baseado em recomendações do Banco Mundial. A linha de pobreza é de US$ 6,85/dia para pobreza e US$ 2,15 de ganho por dia para a extrema pobreza.
