A inflação voltou a acelerar entre maio e junho. É o que mostra o Índice oficial de inflação do pais, o IPCA. Mas o resultado é considerado positivo porque foi menor do que previa no mercado financeiro.
A alta de preços foi menos disseminada entre produtos e serviços. Esses são sinais de que a inflação pode começar a perder fôlego. Mas não dá para comemorar ainda não.
Os brasileiros ainda sentem o peso forte que a inflação tem no orçamento. Os alimentos aparecem no levantamento do IBGE com altas expressivas.
O leite subiu mais de 10%, feijão teve alta parecida. Esses ainda são efeitos do encarecimento de combustíveis e custos de fretes e ainda da guerra na Ucrânia sustentando petróleo e outras matérias primas internacionais em patamares elevados.
O que tem caído são os preços de legumes e verduras. A boa notícia é que aquela queda dos impostos que o congresso aprovou recentemente pode gerar até deflação em julho.
Temos preços menores de combustíveis e gasolina, que pesa mais no IPCA, e energia elétrica também. Com isso, as previsões divulgadas pelo banco central nesta sexta feira apontam que a inflação vai ser menor até o fim do ano, caindo abaixo de 8%. Hoje estamos com inflação o em torno de 12%.
Será uma queda importante. Além da redução de impostos, a alta da SELIC vai bater mais forte agora no custo do credito e diminuir mais o consumo, contribuindo para a redução da inflação.
Remédio amargo que o mundo todo está tendo que tomar para puxar a inflação pra baixo. Nos estados unidos, por exemplo, o mundo ainda teme que a dose de juros tenha que aumentar, levando a maior economia do mundo para a recessão.