Masterchef

Adílio é missionário e vive em ONG há 10 anos: “Sonho abrir restaurante escola”

Mineiro doa seu tempo ao cuidado com o próximo e busca, no MasterChef, oportunidade para transformar a vida de quem precisa

Felipe Pinheiro e Stefani Sousa

Adílio é participante do MasterChef Brasil 2022
Adílio é participante do MasterChef Brasil 2022
Divulgação/Band

Participante da 9ª temporada do MasterChef Brasil, Adílio, de 29 anos, atua há 10 anos como missionário voluntário de uma ONG chamada “Jovens com uma Missão”, que ampara pessoas em situação de vulnerabilidade social. Mineiro, ele vive em Pirenópolis, no interior de Goiás, com a esposa, com quem divide o sonho de um mundo melhor e mais justo. 

“A gente trabalha em diferentes áreas da sociedade, mas, principalmente, dando apoio a lugares que tiveram desastres e catástrofes, como a população em situação de risco, mulheres em vulnerabilidade social e crianças de rua”, conta em entrevista ao Band.com.br. 

O MasterChef Brasil estreia dia 17 de maio de 2022, às 22h30, na Band TV, no site e aplicativo BandPlay

Pela organização, o missionário passou por diferentes estados. “Estive nas cinco regiões do Brasil, entre os ribeirinhos, quilombos… Já viajei para fora também, sempre com esse intuito de trazer dignidade às pessoas. Essas viagens e estar com essas pessoas me levam a entender que a minha vida tem sentido”.

A paixão pela culinária

Adílio aprendeu a cozinhar na infância por influência da avó, que morreu há mais de 10 anos, e da família em um período de crise financeira. É por isso que, para ele, a culinária, traz, também, uma certa nostalgia. 

“Vó Fiuca fazia uma polenta que era a coisa mais gostosa do mundo. O que ela deixou é muito vivo e está dentro de mim. Essa paixão é responsável, também, por me trazer até aqui”, diz.

Um momento difícil na vida do competidor foi após a morte do irmão, quando a família enfrentou diversos problemas. Na época, para sair da crise, a mãe e as tias decidiram abrir um restaurante. “Aquilo me deixou apaixonado por ver como elas fizeram com que a gastronomia dignificasse a nossa vida. Foi a partir disso que começou a vir dinheiro para casa e conseguimos suprir as necessidades que a gente tinha”, lembra. 

De acordo com o missionário, o restaurante ainda existe, mas não pertence mais às mulheres de sua família. Apesar disso, ele garante que são elas as responsáveis pelo homem que se tornou. 

Pronto para o jogo?

Adílio se define com um camaleão por sua capacidade de adaptação e acredita que esta será a sua melhor arma no MasterChef. Ele também reconhece qual é a sua maior fraqueza:

“É o meu próprio coração: o que mais me move também pode ser o que me para.” Além disso, vale ficar de olho em uma limitação que, infelizmente, o participante não consegue controlar. “Tenho dificuldade com frutos do mar, pois sou alérgico”, revela.

Se ganhar o programa, Adílio pretende abrir um restaurante escola e fazer com que a conquista faça a diferença na vida de outras pessoas: “Será um lugar para aprender e também para que as pessoas possam trabalhar, oferecendo uma vida melhor para as suas famílias [...] Se o prêmio para em mim, perde o significado”, defende. É um gesto e tanto!