Melhor da Tarde

Com UTIs lotadas, Porto Alegre passa a escolher pacientes com mais chances de sobreviver

Da Redação, com Melhor da Tarde

O Melhor da Tarde conversou nesta quinta-feira, 4, com o repórter Ticiano Kessler sobre a situação preocupante do Rio Grande do Sul. De acordo com o jornalista, a taxa de ocupação de leitos de UTI está acima de 100% há três dias.

“São quase três mil leitos de UTI em operação no Rio Grande do Sul e, ainda assim, não é suficiente. Isso acaba impactando nos pronto-atendimento e serviços de emergências”, disse o jornalista.

“Há cerca de 400 pessoas internadas em locais improvisados porque não há leitos em Porto Alegre e a situação se repete em todo o Rio Grande do Sul. Somente na capital, pelo menos 155 pessoas estão infectadas com coronavírus e aguardando um leito de UTI“, completou.

De acordo com o médico Antonio Kalil, diretor da Santa Casa de Porto Alegre, a situação chego a “um momento em que os profissionais estão precisando escolher os pacientes que tem mais chances de sobreviver, usando critérios técnicos, para dar os leitos de UTI".

O infectologista Jamal Suleiman contou que, no Rio Grande do Sul, ainda há circulação de fake news sobre os hospitais, com pessoas más intencionadas filmando os corredores “vazios” para provar que não há superlotação. “Um indivíduo vai e filma achando que vai encontrar corpos estirados no corredor. Enquanto a gente ainda for minimamente digno, isso jamais irá acontecer", disse o médico.