Fórmula 1

Ausência de Tsunoda em grid de Jedá marca problemas de motores RBPT em 2022

Todos os pilotos com unidades de potência da Red Bull tiveram problemas nos dois primeiros GPs da temporada

Da redação

Pilotos com unidades de potência da Red Bull tiveram problemas nos dois primeiros GPs
Pilotos com unidades de potência da Red Bull tiveram problemas nos dois primeiros GPs
F1

A temporada 2022 da Fórmula 1 teve apenas duas corridas até aqui, no Bahrein e na Arábia Saudita. Mas foi suficiente para todos os carros empurrados pelos RBPT (Red Bull Powertrains) terem problemas comprometedores em corridas.

Os RBPT são os motores de responsabilidade da Red Bull para suas duas equipes na F1, a Red Bull e a AlphaTauri. A companhia foi criada em 2021 para assumir as operações da Honda, então fornecedora de motores dos dois times.

Apesar dos compromissos entre as partes, ainda é a Honda quem fornece as unidades de potência da RBPT em 2022, além de assegurar apoio operacional. Durante este ano, a RBPT compra e batiza as unidades ao longo da temporada. A partir de 2023, a produção caberá à empresa europeia.

O começo da transição, porém, não foi positivo para a RBPT. No GP do Bahrein, Pierre Gasly abandonou com a AlphaTauri, enquanto Max Verstappen e Sergio Pérez também não completaram – todos com problemas de motores. No GP da Arábia Saudita, foi a vez de Yuki Tsunoda, da AlphaTauri: depois de problemas no sistema de refrigeração na classificação do sábado, ele ficou fora também da largada.

Após a corrida em Jedá, Tsunoda lamentou os “problemas de confiabilidade”. Segundo ele, o carro sofreu com um problema de transmissão a caminho do grid e não conseguiu alinhar para a largada. Vale destacar que a transmissão faz parte do pacote fabricado pela parceria Honda e RBPT.

“Acredito que tivemos um problema de transmissão no caminho para o grid. Acho que a pista estava se adaptando muito bem ao nosso carro, comparado ao Bahrein, então acho que o ritmo hoje poderia ter sido muito bom para nós - especialmente se você ver como Pierre se saiu, chegando ao Q3 e depois seu desempenho na corrida”, disse o japonês, em referência ao oitavo lugar do francês na corrida.

De fato, a equipe diagnosticou um problema da pressão de óleo na transmissão no AT03 de Yuki Tsunoda. Diretor técnico da AlphaTauri, Jody Egginton admitiu a frustração com a ausência do piloto japonês no grid. Na corrida, desta vez, os outros três carros movidos a motores RBPT somaram pontos, com direito a vitória de Max Verstappen.

“Não há muito a dizer sobre a corrida de Yuki - ela nem começou, devido a um problema na transmissão. Além da frustração que todos sentimos agora, temos muitas análises a serem conduzidas para garantir que esse problema seja compreendido e resolvido para a próxima corrida”, afirmou Egginton.

“Saímos daqui com emoções misturadas. Por um lado, marcamos pontos; por outro lado, certamente há mais para extrair do pacote. Se conseguirmos executar um fim de semana limpo, especialmente com Yuki, há mais pontos a serem marcados por corrida, portanto, trabalharemos duro para oferecer um melhor desempenho da equipe na Austrália.”

Os carros retornam à pista para o Grande Prêmio da Austrália, com treinos livres a partir de 8 de abril e corrida no dia 10. Para Tsunoda, a expectativa é voltar a somar pontos e ajudar a equipe na briga contra rivais diretas.

“Acho que a batalha do pelotão intermediário vai ser muito apertada, então ganhar pontos em todas as rodadas conta, e perdemos isso hoje. Essas coisas acontecem e espero que voltemos fortes na Austrália”, concluiu.

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