Fórmula 1

Brawn GP: Barrichello revela contrato a cada quatro GPs e Schumacher tentado

Brasileiro revela bastidores de equipe que só disputou uma temporada na F1, mas que fez história com um carro veloz e competitivo

Emanuel Colombari e Pedro Lopes

Brawn GP de 2009
Brawn GP de 2009
Rubens Barrichello/Instagram

Em entrevista ao Queimando a Largada, programa apresentado pela jornalista Lívia Nepomuceno, Rubens Barrichello revelou como foi chamado para correr na famosa Brawn GP, equipe que só disputou uma temporada na F1, e com sucesso ao vencer os Mundiais de Pilotos e Construtores, para depois virar a atual Mercedes. A íntegra do programa vai ao ar na quarta-feira (6).

Na temporada 2008, Barrichello e Button corriam pela Honda, mas a equipe japonesa decidiu sair da F1, vendendo o espólio para Ross Brawn, atual diretor técnico da F1, por apenas uma libra (menos de R$ 10 na cotação atual). Rubinho, que estava desempregado, ganhou uma nova chance na maior categoria do automobilismo mundial. 

“Eu tava desempregado em 2008. A Honda tava encerrando a participação na F1 e falou: 'Acabou, obrigado. O Button vai ficar porque tem contrato…'. Mas eu pensava comigo que não ia acabar. Mas aí o cara me ligou e falou: ‘Você consegue estar aqui na sexta-feira?. E aí eu disse: ’Consigo!'. Pouca gente sabe, mas meu contrato com a Brawn era de quatro em quatro provas. Não era um contrato para o ano. Era um contrato que eu tinha que provar que era bom para estar ali” 

Segundo Rubinho, já no primeiro teste com o único carro da Brawn GP, tanto ele quanto o então companheiro, Jenson Button, entenderam que tinham um carro veloz e competitivo em mãos. 

“O Button deu as primeiras voltas. Eu olhei nos olhos dele, aí ele falou: ‘Vem aqui'. Aí eu fui e ele falou assim: ‘We are gonna be happy this year (seremos felizes nesse ano)’. Ali já deu aquela inspiração toda e já pensei: ‘Que maravilha’. Aí a tarde foi minha vez de guiar. E era um carro muito equilibrado com o motor,  não pela potência, mas pela dirigibilidade. Era um foguete. Então aquele dia foi especial”

O desempenho do carro era tão bom que fez até um certo heptacampeão querer deixar a aposentadoria para voltar a guiar na F1. 

"O Schumacher, inclusive, com certeza voltou porque ele viu um companheiro já ancião vencendo prova. Ele falou: ‘Cara, to me arrebentando nas motos’ E pulando de paraquedas, ele tava se quebrando todo mesmo… E aí ele falou ‘vou voltar a fazer o que eu gosto’. 

E de fato o alemão voltaria no ano seguinte, em 2010, para guiar pela equipe Mercedes, que comprou a estrutura da Brawn. Schumi acabou se aposentando novamente ao final de 2012, dando lugar para ninguém menos que Lewis Hamilton. 

Confira o primeiro episódio do “Queimando a Largada”, com Sergio Mauricio

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