Honda e Aston Martin anunciaram nesta quarta-feira a parceria para o fornecimento de motores a partir da temporada 2026 da F1, quando um novo regulamento de unidades de potência terá início. E apesar do relacionamento conturbado entre Fernando Alonso e a fabricante japonesa durante a última passagem do espanhol pela McLaren, o presidente da Honda diz não ter problemas se a equipe quiser manter o bicampeão na equipe para 2026 e além.
É um gênio. Respeitamos muito ele. E se o time decidir em seguir com ele, não teremos qualquer problema quanto a isso, afirma Koji Watanabe.
Alonso trabalhou com a Honda na McLaren entre 2015 e 2017, período em que o motor japonês sofreu com diversos problemas de falta de potência, em relação aos rivais, e também de confiabilidade, já que quebrava em demasia. No auge do descontentamento, o piloto chegou a dizer que parecia que estava usando um motor de GP2 (atual Fórmula 2).
Atualmente com 41 anos, Alonso terá 44 quando a parceria tiver início, em 2026, mas o CEO da parte de tecnologia da Aston Martin, Martin Whitmarsh, afirma que gostaria de contar com o piloto caso ele esteja performando em alto nível.
"Acho que está muito longe no horizonte dele. Temos que dar a ele um carro que seja capaz de conquistar vitórias. E aí vamos conversar antes de 2026. Torço para que ele fique por vários anos, e seria incrível se ele fosse competitivo como ele é hoje. Aí seria maravilhoso tê-lo no carro em 2026", explica Whitmarsh.
A Honda deixou oficialmente a Fórmula 1 no fim de 2021, mas segue como parceira tecnológica da Red Bull Powertrains, que fabrica as unidades de potência da Red Bull e da AlphaTauri. O acordo vai até o fim de 2025, quando as duas equipes passam a trabalhar em parceria com a Ford.