A Red Bull está de olho nos campeonatos mundiais de pilotos e de escuderias, mas para que os títulos sejam conquistados toda a equipe precisa estar entrosada e motivada. Foi por esses motivos que a escuderia austríaca anunciou, em agosto deste ano, a renovação de contrato de Sergio Pérez até o fim da temporada de 2022.
“Durante as férias de verão, nós sentamos e percebemos que conseguiríamos um Checo melhor se oferecêssemos segurança a ele. A segunda metade da temporada prova que estávamos certos. O Checo melhorou muito”, disse Christian Horner, chefe da Red Bull, em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport.
A informação trazida por Horner vem ao encontro do que ele declarou nesta semana para a rede de televisão britânica Channel 4. Segundo Christian, a Red Bull está confiante no campeonato porque “como equipe, acho que somos melhores” em relação à Mercedes.
Há sentido na declaração de Horner, já que Checo foi melhor que Valtteri Bottas (Mercedes), companheiro de Lewis Hamilton (Mercedes), nas últimas etapas da temporada. O mexicano tem colaborado com o companheiro Max Verstappen e com a Red Bull nos mundiais. Ao contrário do piloto finlandês, que adotou uma postura mais desleixada após acertar com a Alfa Romeo para 2022.
Problemas com as sessões de qualificação de Checo
Entretanto, nem tudo está perfeito, já que a escuderia austríaca tem tentado melhorar o principal ponto fraco de Checo: as sessões de qualificação. O Grande Prêmio do Catar, no mês passado, talvez seja o grande exemplo disso. Pérez foi eliminado ainda no Q2 (largou em 11º) e ficou, em média, quase cinco décimos abaixo de Verstappen.
“Max ganha sempre nas curvas lentas e médias. Às vezes, até dois décimos em um único lugar. O eixo traseiro de nossos carros sempre fica nervoso ao travar. Com Max, não. Todos se importam com isso [com o descontrole nas freadas]. Eles perdem a confiança e se tornam inseguros. Talvez, Max nem perceba esse nervosismo no carro e simplesmente passe por cima dele”, contou Horner.
A Red Bull chegou a colocar em dúvida a qualidade de Sergio Pérez por esse problema, mas a conclusão da equipe é que Verstappen é um “verdadeiro campeão” e consegue dominar algumas peculiaridades do carro.
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“Max dirige rápido em qualquer carro. Coloque algo na frente dele e ele estará em alta velocidade na segunda volta”, afirmou Helmut Marko, diretor esportivo da Red Bull. Ele ainda completou dizendo que Pérez “demora mais para se adaptar”.
Checo quer entender melhor o carro
Para continuar colaborando com o futuro de Max Verstappen, Sergio Pérez sabe que precisará melhorar os tempos de qualificação e também colaborar com o holandês na classificação – possivelmente pressionando os rivais, como Lewis Hamilton (Mercedes) nesta temporada.
O mexicano foi questionado quanto às observações feitas pelos diretores da Red Bull, mas ele foi sucinto na resposta. “Quanto melhor eu entender o carro e a equipe, menos isso me afetará”, disse o piloto depois de confirmar que está ciente de que a escuderia austríaca pode demiti-lo caso não tenha uma evolução.
Com três terceiros lugares e dois quartos lugares nas últimas cinco corridas, Sergio Pérez retomou a briga com Valtteri Bottas (Mercedes) pelo terceiro lugar no mundial de pilotos e recolocou a Red Bull na luta pelo mundial de construtores.
Ainda assim, a melhora de Checo na segunda metade da temporada é muito sensível. Nas 11 primeiras corridas, sem o novo contrato, ele fez 104 pontos (média de 9,45 por corrida). Já nas últimas nove, com a renovação, foram 86 pontos conquistados (média de 9,55 por corrida). Além disso, mais de um bilhão de carros deve usar combustíveis sustentáveis. A Fórmula 1 quer seguir a tendência, zerando a emissão de gases poluentes.
