Fórmula 1

FIA rejeita pedido de revisão da Mercedes, e Toto Wolff declara: “Totalmente esperado”

Prova apresentada pela escuderia alemã foi considerada insignificante para a reabertura das investigações do incidente da volta 48 do GP de São Paulo

Da Redação

Toto Wolff afirmou que "já esperava" que FIA não consideraria o incidente entre Verstappen e Hamilton
Toto Wolff afirmou que "já esperava" que FIA não consideraria o incidente entre Verstappen e Hamilton
Reprodução/Mercedes AMG F1

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) rejeitou o pedido de Direito de Revisão da Mercedes quanto ao incidente na volta 48 do Grande Prêmio de São Paulo, realizado no último domingo (14), no Autódromo de Interlagos. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (19).

Na manobra, Max Verstappen (Red Bull) espalhou o carro na curva da Descida do Lago ao ver que seria ultrapassado por Lewis Hamilton (Mercedes) – quase provocando um acidente que foi evitado pelo piloto inglês. Os dois competidores saíram da pista.

O documento divulgado pelos comissários trouxe considerações importantes sobre a decisão. Inicialmente, explicou que nem toda deliberação durante a corrida é tomada com todas as imagens disponíveis e independentemente se “as decisões dos comissários sejam ou não consideradas certas ou erradas, e assim como as decisões dos árbitros no futebol, não parece desejável ser capaz de revisar qualquer ou todas as decisões”.

Depois, os comissários apontaram que “se eles tivessem achado que o vídeo da câmera onboard do carro 33 [de Verstappen, apresentada pela Mercedes como prova] era crucial para tomar uma decisão, eles simplesmente teriam colocado o incidente sob investigação - para ser investigado após a corrida - e proferido uma decisão após este vídeo estar disponível. Eles não viram necessidade de fazer isso”.

Por fim, a prova apresentada pela Mercedes foi avaliada em quatro tópicos: se é relevante, se é significante, se é nova e se é um elemento indisponível no momento da decisão da corrida. Caso todas essas alternativas fossem verdadeiras, a investigação seria reaberta.

Entretanto, a FIA considerou que a evidência não é significante, por isso o Direito de Revisão foi negado. “Os comissários determinam que a filmagem não mostra nada de excepcional que seja particularmente diferente dos outros ângulos que estavam disponíveis para eles na época, ou que mude a sua decisão baseada na filmagem originalmente disponível”, discorreu a FIA no documento.

Toto Wolff diz que decisão não surpreende

No momento em que a deliberação da FIA foi publicada, Toto Wolff e Christian Horner, chefes da Mercedes e da Red Bull, respectivamente, estavam concedendo uma entrevista coletiva oficial antes da segunda sessão de treino livre.

Wolff não se mostrou surpreso com a decisão e disse que a intenção da escuderia alemã era abrir uma discussão. “Totalmente esperado. Realmente não pensamos que iria adiante. Acho que queríamos iniciar uma discussão em torno disso, porque provavelmente será um tema nas próximas corridas. Acho que nosso objetivo foi alcançado”, afirmou.

Por sua vez, Horner concordou o veredito dos comissários: “Acho que é obviamente a decisão certa, porque teria aberto uma ‘Caixa de Pandora’ [expressão utilizada em vários países com o sentido de ser a origem de todos os males] em relação a um monte de outros incidentes que aconteceram na corrida. Acho que a coisa mais importante agora é focar neste Grande Prêmio”.

“É muito bom estar aqui no Catar, acho que vai ser um bom circuito e queremos uma boa disputa, limpa e justa. Não só aqui, mas em Jeddah e Abu Dhabi também”, completou o chefe da Red Bull.

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