Max Verstappen (Red Bull) venceu o Grande Prêmio da Áustria com uma vantagem de 5.155 para Charles Leclerc (Ferrari). A diferença, no entanto, seria maior se o holandês não tivesse decidido buscar a melhor volta – e o ponto extra por ela – no fim da prova.
Para isso, Verstappen entrou nos boxes na volta 69 (de um total de 71) e colocou um jogo usado de pneus macios. Voltou para a pista, aqueceu os compostos e conseguiu a melhor volta da corrida na última volta: 1:07.012.
Para o chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner, valeu a pena compensar o risco – especialmente para coroar um desempenho perfeito da equipe austríaca no primeiro GP da Áustria desde a morte em 2022 de Dietrich Mateschitz, um dos fundadores do conglomerado Red Bull GmbH.
“Foi a primeira vez que voltamos para cá desde o falecimento de Dietrich, então foi muito comovente termos uma performance tão boa de equipe”, disse Horner, em declarações publicadas nesta segunda-feira (3) pelo site Motorsport.com.
“Decidimos buscar na última volta, a melhor volta na última volta, apesar do risco envolvendo um pit stop com problemas. Aquilo (a ausência de Mateschitz) ficou na minha cabeça. Seu mantra sempre foi: sem risco, sem diversão”, completou.
De acordo com o dirigente, os mecânicos da equipe realizaram um bom trabalho, diminuindo os riscos para Verstappen. Da entrada nos boxes até a volta à pista, a troca custou 21.328 ao holandês.
Ainda segundo Horner, “houve um bocado de discussão a respeito de risco e recompensa” dentro da Red Bull, até que se chegasse a um consenso.
“Então, Max estava deixando sua opinião bastante clara, (dizendo) que os pneus (médios) estavam f...dendo, e que ele estava muito concentrado. Então, você começa a olhar para o seu risco. Assumimos o risco com um jogo de pneus abaixo do esperado? Ou seria de fato menos risco fazer o pit stop e colocar um jogo de pneus macios?”, questionou.
“No fim, dizemos: ‘Olha, vamos assumir o risco’. E ele ainda tinha uma margem de três segundos sobre Charles quando deixou o pitlane”, concluiu.