O Grande Prêmio de São Paulo é uma das provas mais imprevisíveis da temporada 2023 da Fórmula 1.
Pelo menos, na avaliação de Mario Isola, diretor de motorsport da Pirelli, a fornecedora oficial de pneus da categoria. Para este final de semana no Brasil, o dirigente se mostra atento – não apenas pelas características do Autódromo de Interlagos, mas com as diferentes estratégias de paradas que podem ser adotadas ao longo da corrida do domingo (5).
“Interlagos tem um pouco de tudo, com curvas de baixa e média velocidade, e os carros rodando em um nível bastante elevado de pressão aerodinâmica. As forças que atuam sobre os pneus são razoavelmente equilibradas entre laterais e longitudinais. O asfalto em si tem um alto nível de rugosidade, típico de pistas permanentes com uma longa história por trás. A degradação é principalmente térmica, por isso os compostos C2, C3 e C4 foram escolhidos”, explicou Isola.
“Uma estratégia com duas paradas é o mais provável, enquanto uma única parada exigiria bastante gerenciamento de pneus; afetando o ritmo de corrida. O safety car tem sido acionado com frequência durante o GP, introduzindo outra variável fundamental, também vimos que as condições climáticas podem variar rápida e amplamente nesta época do ano”, completou.
O fim de semana ainda reserva a pilotos e equipes uma corrida sprint no sábado (4), sem previsão de troca de pneus. Para Mario Isola, é uma nova oportunidade para avaliação de estratégias em uma pista bastante peculiar: curta para os padrões da F1, corrida em sentido anti-horário, com subidas e descidas e várias mudanças de direção.
“Interlagos também sediará a última etapa sprint da temporada, dando às equipes e pilotos outra chance de avaliar o comportamento dos pneus em longos stints. Desde que as corridas sprint chegaram para a temporada 2021, Interlagos sempre foi uma delas – um sinal claro de que essa é o tipo de pista que se adapta muito bem a esse formato”, acredita.