Hamilton fala sobre posicionamento contra o racismo: "Era o momento de arriscar tudo"

Heptacampeão falou sobre insegurança ao começar a falar sobre o tema e a paixão pelo Brasil em entrevista exclusiva à Band

Da Redação, com Jornal da Band

No alto de seus sete títulos mundiais e 36 anos, Lewis Hamilton ganhou casca para falar sobre tudo, desde os assuntos mais amenos, até os mais espinhosos. E é aí que o inglês mostra toda a sua grandeza.

Em entrevista exclusiva à repórter Mariana Becker, Hamilton, que é o primeiro piloto negro a alinhar no grid da Fórmula, usou de uma analogia do que faz nas pistas para falar sobre os seus posicionamentos recentes, sendo o mais enfático deles no combate ao racismo. Mas o começo dessa abordagem aberta e combativa não foi simples para o britânico.

“Não me senti seguro [para falar sobre racismo]. Estava super nervoso quando comecei, mas eu arrisco, sou sempre o último a frear na curva. Eu estava onde queria estar na carreira, então era o momento de arriscar tudo”, contou o heptacampeão mundial.

Em 2020, no ápice do movimento Black Live Matters, o piloto foi para o front debater causas raciais. Neste ano, Hamilton se viu no olho do furacão, ao ser atacado com ofensas racistas nas redes sociais após se envolver em uma batida com o holandês Max Verstappen, no GP da Inglaterra. À época, ele disse que estava consciente do papel que cumpria no combate ao racismo.

“Eu nunca fui tão vaiado como neste ano. Foi justamente quando comecei a falar desse assunto. Será que foi por isso?”, questionou.

Fã declarado de Ayrton Senna, Hamilton não cansa de dizer o quanto se sente em casa quando vem ao Brasil. 

“Já me perguntaram se eu sou brasileiro. Gosto do Brasil porque é um país miscigenado, e eu não me sinto diferente aqui. E é claro que tem a minha paixão pelo Senna”, afirmou. 

No próximo domingo (14), Hamilton tentará não só vencer pela terceira vez no GP de São Paulo, como também diminuir a diferença para o líder Verstappen, da RBR, que hoje é de 19 pontos. Para isso, ele aposta em sua experiência. E diz que consegue se enxergar na nova geração que está no grid.

“Claro que eu me vejo. Com 22 anos, eu era um garoto e eu não compreendia o mundo. Eu entendo esses caras. Às vezes, as coisas me subiam à cabeça. Alguns lidam com isso melhor do que eu, e outros de forma pior”, analisou.

Grande Prêmio de São Paulo (horários de Brasília)

Sexta-feira (12)
12h20 - Treino livre 1 - ao vivo no Bandsports
15h30 - Treino classificatório - ao vivo na Band, Bandsports, Bandplay e site da Band

Sábado (13)
11h50 - Treino livre 2 - ao vivo no Bandsports 
16h - Corrida sprint - ao vivo na Band, Bandsports, Bandplay e site da Band

Domingo (14)
13h30 - Corrida - ao vivo na Band, Bandplay, BandNews FM e site da Band
19h - VT da corrida - Bandsports

Onde assistir?

Ao vivo na tela da Band e online no Bandplay e no band.com.br, com a narração de Sérgio Maurício, comentários de Reginaldo Leme, Felipe Giaffone, Max Wilson e Rubens Barrichello e reportagem de Mariana Becker.

Grid:

Valtteri Bottas e Lewis Hamilton (Mercedes), Charles Leclerc e Carlos Sainz (Ferrari), Max Verstappen e Sergio Pérez (Red Bull), Lando Norris e Daniel Ricciardo (McLaren), Lance Stroll e Sebastian Vettel (Aston Martin), Fernando Alonso e Esteban Ocon (Alpine), Pierre Gasly e Yuki Tsunoda (AlphaTauri), Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo), Mick Schumacher e Nikita Mazepin (Haas), George Russell e Nicholas Latifi (Williams)

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