Horner chama fiscal de “desonesto” e é repreendido por diretor: “Isso não é aceito”

Michael Masi saiu em defesa dos voluntários após chefe da Red Bull mostrar a sua frustração com uma sinalização que acarretou na punição a Verstappen

Da Redação

Momento em que Verstappen recebeu a sinalização de bandeira dupla amarela Reprodução/F1
Momento em que Verstappen recebeu a sinalização de bandeira dupla amarela
Reprodução/F1

O diretor de corridas da Fórmula 1, Michael Masi, não gostou da postura do chefe da Red Bull, Christian Horner, que em entrevista atacou um fiscal do Grande Prêmio do Catar por conta da sinalização de bandeira dupla amarela no treino qualificatório do último sábado (20).

O aviso não foi observado por Max Verstappen (Red Bull) que foi punido com a perda de cinco posições no grid de largada deste domingo (21).

Horner ainda cobrou “pulso firme” de Masi porque é “ele quem decide tudo no final do dia”. Porém, em entrevista à revista americana Racer nesta segunda-feira (22), o diretor ignorou o chefe da escuderia austríaca e disse não admitir ataques aos voluntários de pista.

“Eu acho que você não deve atacar ninguém, especialmente quando você tem milhares de fiscais voluntários ao redor do mundo que abrem mão de uma grande quantidade de tempo para trabalharem”, declarou Masi, que ainda completou. “Vou defender todos os oficiais voluntários, em todas as pistas de corrida do mundo, [e deixar claro] que isso não é aceito”.

A declaração do chefe da Red Bull foi dada ao canal Sky Sports F1, logo após o treino classificatório. “Acho que foi só um fiscal desonesto que foi mal instruído pela FIA. Eles precisam ter controle de seus fiscais de pista porque para nós é um golpe crucial no campeonato. Estamos largando em sétimo numa pista enorme e que não dá pra ultrapassar”, disse.

O diretor de corridas levou aos comissários as falas de Christian – que foi convocado para dar explicações. Horner concordou com a punição a Verstappen, pediu pessoalmente desculpa ao fiscal e se comprometeu a participar do seminário de instrução aos voluntários em 2022.

“O fiscal agiu da melhor maneira possível à sua visão, com a intenção de manter todos a salvo, e não acho que deva ser criticado por agir segundo seus instintos. É legal que Christian tenha se desculpado. Ele não queria ofender ninguém”, afirmou Masi.

Horner não está arrependido de sua “franqueza”. Apesar de ter se desculpado pessoalmente com o fiscal atacado, Christian Horner defendeu, na manhã desta segunda, a sua postura franca diante das situações que ele acredita estarem erradas.

“Acredito na minha equipe. Sou franco e sempre me conduzi dessa maneira. Não sou uma pessoa excessivamente emotiva, não brinco com as câmeras. Acho que não tenho problemas com a maneira como me conduzo e faria exatamente o mesmo [no futuro]”, disse.

Porém, o chefe da escuderia austríaca voltou a falar de sua frustração com a punição.

“Acho que o pedido de desculpas foi aceito e gostaria apenas de deixar claro que não foi dirigido aos fiscais. Eles fazem um trabalho maravilhoso ao redor do mundo, como voluntários. Sem eles, não haveria esportes motorizados. São apenas as circunstâncias que foram frustrantes e acho que há algo que pode ser aprendido com isso”, contou Horner.

Max Verstappen terminou na segunda colocação do Grande Prêmio do Catar, atrás do rival Lewis Hamilton (Mercedes). Com o resultado, o inglês reduziu a diferença na classificação do mundial de pilotos para oito pontos (351,5 a 343,5). O próximo GP será em Jeddah, na Arábia Saudita, dos dias 3 a 5 de dezembro.

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