Morreu nesta segunda-feira (23), em Elba (Itália), o ex-piloto Rupert Keegan. O britânico, que disputou a Fórmula 1 entre 1977 e 1982, tinha 69 anos e tratava de um câncer.

A informação foi anunciada nas redes sociais pelo Clube de Pilotos Históricos, associação privada britânica que reúne pilotos e ex-pilotos em exibições de carros antigos. “Perdemos Rupert Keegan após uma heroica batalha contra uma longa enfermidade”, publicou a entidade, que descreveu Keegan como “o último dos verdadeiros playboys da F1”.

Nascido em 26 de fevereiro de 1955, Keegan contou desde jovem com o apoio financeiro da família para se aventurar no automobilismo. Em 1976, venceu a Fórmula 3 britânica, ganhando a chance de estrear na F1 em 1977.

Nos primeiros anos de carreira, Rupert Keegan se destacou pelos patrocínios inusitados. Em 1977, pela Hesketh, exibia a marca de uma revista de mulheres nuas; em 1978, pela Surtees, corria com o logotipo de uma empresa de preservativos. Não somou pontos.

Em 1979, disputou o Campeonato Britânico de Fórmula 1 e foi campeão. Voltou ao Mundial no decorrer de 1980 pela RAM, novamente sem empolgar. Em 1982, aposentou-se da categoria correndo pela March. Sem brilhar, ficou conhecido pelo comportamento extravagante e pelas companhias femininas.

Em 1983, Rupert Keegan disputou as 24 Horas de Le Mans, terminando em quinto lugar na parceria com John Fitzpatrick e Guy Edwards. Entre 1985 e 1986, participou de provas da Fórmula Indy, mas novamente com resultados apagados.

Aposentou-se das pistas e passou a trabalhar como empresário e como instrutor de pilotagem. Ainda voltou ao automobilismo em 1995 para disputar novamente as 24 Horas de Le Mans, mas abandonou no decorrer da prova.

“Rupert Keegan pode ter sido um piloto playboy, mas tinha talento e entusiasmo”, descreveu a revista Motorsport Magazine. “Ele era uma ótima companhia, e pode ser considerado alguém que não alcançou o que poderia.”

Keegan pretendia lançar um filme sobre a própria trajetória, Made it out alive, mas apenas um trailer foi lançado em 2014. O ex-piloto deixou uma filha, Sabrina.