Ao longo de três temporadas na Fórmula 1, Nicholas Latifi tem sofrido para conquistar resultados. Agora, perto de deixar o grid, o canadense da Williams mostra compreensão com a imagem que criou na categoria desde 2020.
“Não é segredo que tem sido bastante desafiador para mim e para a equipe”, afirmou, em edição do Beyond the Grid, o podcast oficial da F1, divulgada nesta quarta-feira (2). “Esta é uma indústria baseada em desempenho, e eu não consegui desempenhos consistentes o bastante”, acrescentou.
Desde que chegou à F1, o melhor resultado de Latifi foi o sétimo lugar no GP da Hungria de 2021. O canadense não pontuou em 2020, antes de somar sete pontos em 2021 e dois nas primeiras 20 corridas de 2022.
Mesmo tendo conseguido pontos na atual temporada, Latifi acredita que o carro da Williams em 2022 é “o maior retrocesso” desde que ele estrou na F1. Para ele, seu estilo de pilotagem não se adaptou à resposta da equipe ao novo regulamento.
“Eu sempre atrasei as freadas nas curvas para criar minha própria saída. Por isso, eu geralmente preciso de um carro estável na entrada da curva. A Williams (FW44) nunca foi um carro estável de entrada”, afirmou. “E para piorar, o carro tem uma combinação muito ruim de esterço e frenagem. Assim que você começa a fazer isso, você quase que instantaneamente trava”, acrescentou.
Nos três anos como titular da Williams, Latifi teve dois companheiros como titulares: George Russell (2020 e 2021) e Alexander Albon (2022). E ambos ganharam elogios do canadense.
“Ele (Albon) consegue muito mais de um carro instável do que eu, e isso é mérito dele. Ele simplesmente sente muito melhor o que o carro está fazendo e quando passou do limite”, analisou. “George era parecido. O carro era mais perto do ideal nos anos anteriores, e é por isso que eu era relativamente mais próximo de George.”