Pilotos e engenheiros da Fórmula 1 estão se desdobrando para entenderem os novos carros da principal categoria do automobilismo mundial antes da estreia da temporada, no dia 20 de março, no Grande Prêmio do Bahrein.
A temporada 2022 marca uma nova era na Fórmula 1 com um novo regulamento, novos carros, asas dianteiras e traseiras diferentes, pneus maiores e uma aerodinâmica para deixar os carros próximos ao solo para facilitar as ultrapassagens.
Mas, com os carros tão próximos ao solo, os pilotos não estão tão confortáveis. Com as novas mudanças, cerca de 80% da performance vem do assoalho e devido à falta de espaço entre o carro e a pista, falta passagem de ar para alimentar essas estruturas, fazendo com que o assoalho pare de funcionar por alguns instantes e faz com que o carro pareça estar quicando durante as retas.
“Não é confortável, não é legal e, no fim da temporada, você vai ficar andando assim (balançando) pelo paddock o tempo todo. Espero que resolvam isso. É ótimo para as redes sociais, tem muitas coisas sobre isso. Mas meu preparador físico disse que não é legal para mim se eu não quiser ficar em uma cadeira de rodas aos 40 anos”, disse Pierre Gasly, piloto da Alpha Tauri sobre o quique dos novos modelos da F1.
Já Fred Vasseur, chefe da equipe Alfa Romeo, comentou que isso pode ser fácil de consertar, mas geraria outras dores de cabeça.
“É muito fácil consertar isso, mas aí você será superado. Consertar isso e ter performance não são a mesma história”, disse Fred Vasseur.
As mudanças deixaram os carros quase 50kg mais pesados que os do ano passado, deixando os carros mais difíceis de pilotar, como conta o brasileiro Pietro Fittipaldi.
“O carro acaba perdendo muita tração na entrada das curvas lentas, na saída. Ele está mais difícil. O carro está muito arisco e sabíamos que ia ser assim”, disse o piloto reserva da Haas.
