Não durou duas semanas o apoio do MDB para Simone Tebet. Candidata lançada por unanimidade, foi abandonada pelo próprio partido há 5 dias da eleição para a presidência do Senado. Ela criticou a suposta interferência do Planalto nas eleições do Congresso durante sua manifestação.
Ao confirmar que segue na disputa, a parlamentar disse que "a independência do Senado está comprometida". Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que iria "influir na Câmara" sem falar especificamente do Senado.
Tebet defendeu a volta do auxílio emergencial, mesmo que seja preciso cortar na carne dos gastos públicos, e a celeridade na aprovação das reformas, especialmente a reforma tributária. A senadora também agradeceu e elogiou a cobertura da imprensa.
O MDB trocou o apoio à senadora depois de ter avançado nas negociações com Rodrigo Pacheco por cargos na mesa diretora.
Além da emedebista, concorrem à presidência do Senado Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Major Olímpio (PSL-SP). Pacheco, que tem simpatia de Bolsonaro, é o grande favorito.
Articulação pela Câmara
Na Câmara, as traições também ganham espaço. O DEM de Rodrigo Maia ameaça deixar o bloco do candidato Baleia Rossi para apoiar Arthur Lira, candidato do Planalto. Mas o emedebista ainda não desistiu do Democratas.
Arthur Lira passou o dia em Brasília, articulando apoios. Para ele, a partir de agora, ninguém mais vai pular do barco.
Mesmo longe de Brasília, o presidente Bolsonaro fez campanha para Lira. Foi durante a inauguração de uma ponte no Rio São Francisco, entre Sergipe e Alagoas.
A eleição no Senado está marcada para começar as 14h de segunda-feira (1). Na câmara, o início será às 19h.