Pela primeira vez, o Masp, um dos museus mais importantes do país, localizado em São Paulo, vai dedicar o ano inteiro ações sobre diversidade. Serão muitas atividades para debater temas como o ativismo e os movimentos sociais LGBTQIA+.
A mostra reúne trabalhos sobre questões relacionadas à crise da Aids, desenvolvidos pelo coletivo que é considerado referência em ativismo entre as décadas de 1980 e 1990. A ideia é que diferentes exposições, palestras, oficinas, seminários e publicações expostos no museu discutam o ativismo LGBTQIA+ e sua conexão com a cultura.
O pontapé inicial será sobre o coletivo Gran Fury, que produziu campanhas gráficas e intervenções públicas dedicadas a denunciar a negligência do governo americano sobre a AIDS nos anos 80 e 90. "Gran Fury: Arte Não É o Bastante" ficará em cartaz de 23 de fevereiro a 9 de junho. A exposição reúne 77 obras, entre elas fotocópias e impressões digitais sobre papel. A mostra discute os limites e os alcances das campanhas gráficas do coletivo, bem como a ideia da arte como estratégia no campo ativista, impulsionado por pessoas queer, para ampliar a consciência sobre o HIV/AIDS.
A outra exposição, “Masi Mamani / Bartolina Xixa”, fala sobre uma artista argentina que desafia os estereótipos e padrões convencionais do universo drag ao incorporar elementos tradicionais da cultura indígena andina na produção audiovisual. A entrada é R$70 inteira e R$35 meia.