A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a recondução de Augusto Aras ao cargo do procurador-geral da República.
Aras foi sabatinado pelos senadores nesta terça-feira (24). O placar foi de 21 a 6 a favor do procurador, que precisava dos votos favoráveis de 14 senadores.
A previsão é que o plenário da Casa vote a recondução definitiva de Aras nas próximas horas, ou, no mais tardar, nesta quarta-feira (25).
Ao fim da sabatina, Aras foi cumprimentado pelos senadores presentes – entre eles, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
No plenário do Senado, Aras precisará ter pelo menos 41 votos para ser reconduzido à Procuradoria-Geral da República. Em seu primeiro mandato, recebeu 68 votos favoráveis e 10 contrários em 2019.
Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para suceder Raquel Dodge, Augusto Aras não constou na lista tríplice votada por membros do MPF (Ministério Público Federal). Tradicionalmente, o presidente da República indica à PGR o nome mais votado pelos pares.
Em sua sabatina, Augusto Aras teve 30 minutos para se apresentar e, no pronunciamento, fez um balanço do trabalho, disse que ofereceu 46 denúncias contra autoridades com foro privilegiado, além de assinar 34 acordos de delação.
Aras aproveitou para criticar a lista tríplice de indicação para o cargo. No fim, afirmou que não permitiu que o Ministério Público pudesse substituir os outros poderes da República, e defendeu que trabalhou para cumprir a Constituição.
Ao ser questionado sobre o alinhamento com Bolsonaro, Aras afirmou que o único alinhamento que tem é com a Constituição. “Este procurador não é procurador da oposição, não. Este procurador tem um respeito pela maioria que é o instrumento da democracia. É preciso que o procurador aja e a justiça também dentro da Constituição e dentro da ordem jurídica”, completou.