Bonitas e bandidas: mulheres aumentam presença em organizações criminosas

Investigações da Polícia Civil apontam que está cada vez mais comum a aparição delas na criminalidade e no PCC

Por Lucas Martins

As investigações contra a ‘Japa do PCC’, apontada como responsável pela lavagem de dinheiro da facção, trazem à tona a aparição cada vez mais comum de mulheres no crime.

Chamam a atenção principalmente pela aparência, usando o dinheiro do crime para acesso aos bens de consumo mais caro. Apesar da necessidade de se esconderem da polícia, a vaidade fala mais alto e as redes sociais são invadidas por fotos e vídeos de mulheres bandidas. 

Segundo a Polícia Civil de Praia Grande, Karen Mori, a ‘Japa do PCC’, é a mulher com a mais alta hierarquia no crime organizado atualmente. Mas há mulheres em todas as camadas do tráfico de drogas. 

Lorraine Bauer, conhecida como ‘Princesinha da Cracolândia’, foi levada ao mundo do crime pelo namorado. Ela é apontada como responsável por uma das barracas da feira da droga no fluxo de dependentes químicos na Cracolândia, no Centro de São Paulo. 

Quando foi presa, Lo Bauer já tinha uma filha de oito meses, era influenciadora digital e tinha até contrato com agência de modelos, era matriculada em um curso de direito e não tinha passagem pela polícia. 

Outra famosa nas delegacias é a ‘Pietra do PCC’, que comandava com punho de ferro uma quadrilha de roubo a residências, ligada à facção criminosa. Ela comandou os bandidos que invadiram a casa de idosos na Zona Leste de São Paulo e ameaçaram um homem com Alzheimer. 

Longe de São Paulo, Karina Maurício fazia sucesso nas redes sociais, mas era uma criminosa conhecida como ‘Loirinha do PCC’. Ela decidiu mudar de facção, mas foi executada com 13 tiros após divulgar um vídeo anunciando a mudança.