O Conselho Federal de Medicina manteve a cassação do registro médico do ex-vereador Jairinho, acusado pela morte do menino Henry Borel no Rio de Janeiro. A cassação ocorreu em junho de 2021, por infração ao Código de Ética Médica.
O ex-vereador chegou a recorrer da cassação, mas agora não tem mais direito. Em julho de 2023, os recursos no Cremerj, acabaram, mas ele ainda podia recorrer na instância federal. Agora, Jairinho é totalmente impedido de exercer a profissão de médico.
Jairinho está preso desde 2021 por ser acusado de ser responsável pela morte do pequeno Henry Borel, à época com quatro anos. O processo do CRM aponta que ele não prestou socorro, como médico, à criança na época do crime.
Além de homicídio, omissão e emprego de tortura e impossibilidade de defesa da vítima, o ex-vereador também deve responder por coação no curso do processo. Ele e a então esposa, Monique Medeiro, mãe de Henry, foram presos pela morte da criança.
Caso Henry
O ex-vereador Jairinho é reu por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas, pela morte de Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio. Já a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.
Jairinho também é acusado de agressão e tortura em outros dois casos: a tortura da filha de uma ex-namorada, entre 2010 e 2013, além do caso de agressões contra o filho de ex-namorada Débora de Mello Saraiva, que teriam sido cometidas entre 2015 e 2016.
Especialistas que acompanharam o caso e tiveram acesso aos laudos periciais acreditam -- com base na descoloração das marcas no corpo do garoto -- que Henry pode ter morrido no fim da noite de 7 de março, e que o corpo pode ter ficado no apartamento por quase cinco horas antes de Monique e Jairinho levarem o menino ao hospital, por volta das 4h.
Com o desenrolar do caso, Jairinho teve o mandato cassado como vereador do Rio em 30 de junho. Ele foi o primeiro parlamentar da história da Câmara de Vereadores fluminense e perder o cargo.
Relembre aqui a cronologia de como foi o caso Henry Borel.