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MPT investiga possível discriminação em contratação de farmácias no RS

Gravação registra restrições a contratações de pessoas tatuadas, gordas e homossexuais

Da Redação, com Brasil Urgente

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Gravação registra restrições a contratações de pessoas tatuadas, gordas e homossexuais
Reprodução

A Polícia Civil e o MPT (Ministério Público do Trabalho) do Rio Grande do Sul abriram inquéritos para apurar um caso de preconceito envolvendo a contratação de funcionários de uma rede de farmácias.

A investigação começou a partir do compartilhamento de um áudio em um aplicativo de mensagens. Na gravação, uma voz feminina orienta vetos a contratações de pessoas tatuadas e piercings.

“Vocês sabem que feio e bonito é o mesmo preço, né, gente? Então vamos cuidar muito nas nossas contratações. Pessoas muito tatuadas, vocês sabem que a empresa não gosta. A questão (de) piercing na língua, no nariz, na testa... Não pode. A gente lida com saúde”, diz.

A mulher também orienta em relação a pessoas gordas e homossexuais.

“Pessoas muito gordas, vocês sabem que... Então, assim: cuidem as aparências. Cuidem as aparências”, diz. “Se pegar de um... com todo o respeito, viado e tudo mais, tem que ser uma pessoa alinhada, que não vire a mão e desmunheque, fale... Né?”

A orientação é atribuída a uma coordenadora das Farmácias São João, no litoral norte gaúcho. A empresa nega e afirma que tudo é mentira.

Em nota divulgada na última terça-feira (19), o MPT-RS informou que investiga uma gravação “elencando critérios discriminatórios no suposto processo de contratação de uma grande rede de farmácias no estado”.

“O áudio começou a circular no fim de semana pelas redes sociais. Embora em nenhum momento o nome da rede seja mencionado, ele vem sendo compartilhado vinculando o caso às Farmácias São João, uma das maiores franquias farmacêuticas do Estado. Na gravação, que provocou uma onda de indignação nas redes sociais, uma funcionária que aparentemente ocupa cargo de gerência instiga seus colegas a adotarem critérios discriminatórios para contratação de novos trabalhadores”, diz a nota do MPT-RS.

A procuradora Patrícia de Mello Sanfelici Fleischmann é responsável pelo caso. O órgão solicitou informações junto à empresa e deu 10 dias de prazo.

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