Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.
A pouco mais de duas semanas da eleição, a campanha – entre mobilizações, pesquisas conflitantes, confrontos, acusações, fake news e violências – tem dado pouca atenção ao que, de fato, interessa ou devia interessar: as soluções programáticas para os problemas da população, cada vez mais graves.
No debate na Band, uma das perguntas feitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL) tocava num ponto essencial: o auxílio aos mais pobres. Hoje, todos os candidatos defendem a continuação do auxílio de 600 reais, mas de onde sairá o dinheiro? A perguntava foi feita pelo jornalista Rodolfo Schneider, no nosso debate, no dia 28.
Esse recurso não está previsto no orçamento, e aquela pergunta não está respondida claramente até hoje, enquanto a polarização entre Lula, que lidera na média das pesquisas, seguido por Bolsonaro, com a diferença se mexendo na margem de erro, estimula mais conflitos do que ideias.
Há um déficit de ideias. O Auxilio Brasil é só um exemplo, entre muitos de que esse déficit de conteúdo, enorme na campanha de 2018, não está menor agora, embora os problemas estejam maiores.