A refém que se tornou o símbolo da brutalidade do Hamas, ao ser exibida quase nua, morta, como um troféu, numa caminhonete que deu várias voltas pelo centro de Gaza, foi encontrada com os corpos de outros dois reféns, num túnel, por soldados e agentes secretos israelenses.
Alemã-israelense, Shani Louk, 23 anos, tinha ido ao festival de música Nova, no deserto do Neguev, atacado pelo Hamas em 7 de outubro. Ela correu para escapar dos atiradores até ser morta na estrada que leva ao kibutz Mefalsim. Os outros dois corpos resgatados são de Yitzhak Gelernter, 58, e Amit Buskila, 28.
O pai de Shani, Nissim Louk, disse à imprensa israelense: “A alma atormentada sabe que há um buraco no coração em algum lugar de Gaza. Hoje recebemos uma resposta final. ” A filha, acrescentou, “irradiava luz, para ela e para aqueles que a cercavam, e em sua morte ela ainda irradia. Ela é um símbolo do podo de Israel, entre a luz e a escuridão. Sua beleza interior e exterior, que brilhava para todo mundo ver, é especial".
O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, estava visivelmente emocionado ao anunciar que os três corpos foram resgatados numa operação noturna dentro de um túnel em Gaza. Os terroristas do Hamas recolhem os mortos como moeda para libertar prisioneiros palestinos em Israel. Estão ainda com 125 reféns vivos ou mortos, entre eles estadunidenses, mas as negociações para cessar fogo e troca de reféns, intermediadas pelo Egito e Catar, estão paralisadas desde um impasse há duas semanas.
O primeiro-ministro Netanyahu enviou mensagens de condolências às famílias que vão, enfim, enterrar seus mortos, e repetiu a promessa de que “vai trazer todos os reféns, os mortos e os mártires”.
(Na foto, Shani é a primeira à esquerda)