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Defesa de Lula não usará mensagens vazadas em ação de suspeição de Moro

Suspeição de Moro: defesa de Lula não vai usar mensagens vazadas

Da Redação, com Jornal da Band

A defesa do ex-presidente Lula disse que não vai usar as mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato e Sergio Moro na ação que vai julgar a suspeição do ex-juiz, que condenou o petista.

As mensagens já estão disponíveis depois de a Segunda Turma do Supremo ter permitido, na última terça-feira (9), o compartilhamento dos diálogos.

Mas para os advogados de Lula, já há provas suficientes na ação que acusa Sergio Moro de ser parcial no processo do tríplex e anexar o material, poderia atrasar ainda mais o julgamento, que está prestes a acontecer.

No meio jurídico, uma das avaliações é a de que, num primeiro momento, a intenção da defesa do ex-presidente era provocar um efeito político. A estratégia seria guardar os diálogos, como uma carta na manga. Os advogados do petista não descartam usar as conversas em outros processos.

As trocas de mensagens com procuradores da Lava Jato de Curitiba foram hackeadas de celulares de Moro, em 2019. Os suspeitos do crime foram presos pela Polícia Federal. Para o jurista Adilson Dallari, o material não tem validade.

“É uma gravação clandestina e não é possível utilizar em juízo prova obtida de maneira ilícita”, analisou.

Segundo o criminalista Luís Henrique Machado, o STF ainda pode julgar se as conversas serão consideradas válidas. Caso isso aconteça, a defesa de Lula pode usar o material para tentar anular condenações do ex-presidente.

“Não fica somente na questão do tríplex, em que houve uma sentença condenatória pelo ex-juiz Sergio Moro, mas também pelo caso do sito de Atibaia, em que houve a participação durante a fase de instrução do processo, oitiva de testemunhas por parte do ex-juiz”, explicou.

O Procurador-Geral da República também quer discutir o caso internamente. O conselho nacional do Ministério Público vai investigar mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato. Há suspeita de que eles teriam a intenção de investigar ministros do STJ, o que só é possível com autorização do Supremo.

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