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Esgoto, lixo e pesticidas contaminam peixes no Rio de Janeiro

Altos índices de contaminação por arsênio foram encontrados em amostras de cação em mar aberto

Gabriela Souza, BandNews FM Rio

Pesquisa no Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental
Pesquisa no Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental
Divulgação/Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Altos índices de contaminação por arsênio foram encontrados em amostras de peixes da espécie cação capturados em mar aberto no Rio, em Niterói e em cidades da Região dos Lagos. É o que revela uma pesquisa realizada pelo Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, em parceria com a Fiocruz. O arsênio é um elemento químico empregado em venenos e inseticidas

A concentração média do elemento químico ficou em 30 miligramas por quilo do peixe, com pico de 79 miligramas encontrados em um peixe capturado perto das Ilhas Cagarras, em frente a Ipanema, na Zona Sul.  

A Organização Mundial da Saúde afirma que não há nível seguro para ingestão da substância. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aceita até um miligrama por quilo.

A longo prazo, a ingestão do arsênio pode causar complicações de pele, problemas cardiovasculares, diabetes e câncer.

De acordo com as pesquisadoras responsáveis pela pesquisa, a contaminação é causada por esgotos doméstico e industrial não tratados, pesticidas aplicados na agricultura, lixo sólido, equipamentos eletrônicos e combustíveis fósseis.

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