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Especialista diz que guias turísticos subestimaram queda de paredão em Capitólio

Engenheiro de riscos afirmou à BandNews TV que os guias “mostraram o acidente como uma atração"

da Redação com BandNews TV

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O engenheiro especialista em gerenciamento de riscos Gerardo Portela disse neste domingo (9) à BandNews TV que os vídeos divulgados até o momento do acidente na região dos cânions no Lago de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais, revelam o “despreparo” dos guias turísticos que comandavam as expedições.  

Portela se referiu especialmente às imagens gravadas por pessoas que estavam em uma embarcação mais distante do local da queda do paredão. Elas observam o início do descolamento da rocha e tentam alertar tripulantes de outras lanchas, que demoram para deixar a região.

"Esse vídeo acrescenta muito. Mostra o despreparo dos guias turísticos diante do que está acontecendo. Houve tempo suficiente para se afastar, mesmo considerando que estavam em barcos muito cheios, com motores de pouca potência. Eles se posicionaram de forma errada, de proa para a região de perigo. Um deles não teve como reverter e apontar para a rota de fuga, retardando o processo”, disse o engenheiro.

“Essas pessoas não estavam preparadas para perceber o que estava acontecendo, isso é grave. Subestimaram o que estava acontecendo, mostraram tudo como se fosse um atrativo. Temos aí questões envolvendo até mesmo código penal”, completou. 

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Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)
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Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Reprodução
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Reprodução
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Reprodução
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Reprodução
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Divulgação/CBMMG
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Divulgação/CBMMG
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Divulgação/CBMMG
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Reprodução/Corpo de Bombeiros Minas Gerais
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Divulgação/CBMMG
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Divulgação/CBMMG
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Divulgação/CBMMG
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Marinha do Brasil
Deslizamento de pedras atinge lanchas com turistas em Capitólio (MG)Marinha do Brasil

De acordo com o especialista, caso a suspeita se confirme após investigação da Polícia Civil, as empresas de turismo responsáveis pelos guias e as autoridades locais poderão ser responsabilizadas. 

"O objetivo agora é resgatar as vítimas, lutar pelas vidas delas e entender o que aconteceu para que não se repita. Quando você vai a uma estação de esqui no exterior, por exemplo, nem sempre consegue acessar o local. Há uma análise das condições para aquele dia específico. No Pão de Açúcar [Rio de Janeiro] é a mesma coisa. As condições de vento podem impedir a travessia no bondinho.”

“Isso faz parte do produto turístico. A avaliação faz parte do negócio. O pior cenário para quem oferece o serviço é o acidente. Embora seja de baixa frequência, deve ser considerado (...). E as autoridades também têm responsabilidade. Se os serviços estão sendo prestados, alguém deve fiscalizar.”

O Corpo de Bombeiros retomou, na manhã deste domingo (9), as buscas pelos desaparecidos no desabamento. O trabalho havia sido suspenso na noite de sábado (8) devido à falta de luz natural

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