A estiagem, que colocou o Paraná em situação de emergência hídrica, atinge 68% do território paranaense, de acordo com dados da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). As informações são da Fernanda Scholze, BandNews FM.
O Estado enfrenta uma das piores secas da história e, segundo a companhia, mais de 3 milhões de pessoas foram afetadas pela falta de água.
A baixa nos níveis dos reservatórios causou a implantação de rodízio no abastecimento de água em várias cidades. Em Curitiba e Região Metropolitana, o rodízio foi intensificado e atualmente, os moradores enfrentam ciclos de 36 horas com água intercalados com 36 horas sem.
O revezamento só foi interrompido do dia 22 de dezembro até 3 de janeiro, por conta do aumento do volume de chuvas do final de novembro e pelas festividades de fim de ano. A suspensão durante este período não contemplou alguns bairros de cinco cidades, que não fazem parte do Sistema de Abastecimento Integrado (SAIC).
Conforme a Sanepar, com o consumo nos locais onde valeu a medida, houve aumento de 15,4% no consumo de água pela população em Curitiba e Região Metropolitana entre os dias 23 e 27 de dezembro. O rodízio retoma nesta segunda-feira (4).
A Sanepar informou que, para 2021, pretende investir R$ 1,4 bilhões para tentar amenizar a situação. O reservatório do Miringuava, obra que começou a ser planejada há 20 anos e que se arrasta desde 2017, deve ficar pronto em março.
A Sanepar recomenda que os moradores façam uso racional da água, priorizando hábitos de higiene, principalmente para a prevenção ao novo coronavírus, e alimentação. Atividades como lavar carros e calçadas devem ser evitadas.
