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Governo quer forçar trava de reajustes da Petrobras em ano eleitoral

Estatal está submetida desde 2016 ao critério de paridade internacional de preços

Da Redação, com BandNews TV

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) discute a criação de um mecanismo para evitar que a Petrobras reajuste preços de combustíveis, a menos de cinco meses das eleições marcadas para 2 de outubro. 

A estratégia seria parte das mudanças relacionadas à nova troca no comando da empresa. 

Uma das medidas estudadas estabeleceria faixas para o preço internacional do petróleo. Com isso, caso o preço do barril varie dentro dos valores delimitados, a empresa não poderia fazer reajustes.

A outra medida seria criar um intervalo mínimo de cem dias para os reajustes. A depender da data estabelecida para o início da retenção, o governo poderia abranger o período eleitoral com os preços congelados artificialmente. 

Gasolina

A Petrobras está há 75 dias sem reajustar o preço da gasolina nas refinarias, no maior intervalo sem reajustes desde 2019. O último aumento no preço da gasolina foi em 11 de março de 2022.

A elevação progressiva dos preços de combustíveis causou a demissão de mais um presidente da empresa. Até a semana passada, diesel havia aumentado de preço pela quinta semana seguida

Na noite de segunda-feira (23), o Ministério de Minas e Energia anunciou a demissão de José Mauro Ferreira Coelho, depois de apenas 40 dias no cargo. Para seu lugar, o governo decidiu indicar Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar do ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia.

Coelho foi o terceiro demitido da estatal no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), depois de Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna

Pré-candidato à reeleição, Bolsonaro cobrou de todos eles que os preços fossem contidos. 

A Petrobras, no entanto, está submetida ao critério de paridade internacional, que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.

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