Notícias

Hasan é ameaçado e pede proteção ao Brasil: ‘Saímos de uma guerra para outra'

Brasileiro ficou conhecido nas redes sociais por publicar vídeos do cotidiano do grupo que estava em Gaza. Hasan Rabee informou que pensa em deixar o país

Por Túlio Amâncio

O palestino-brasileiro Hasan Rabee pediu proteção ao Estado brasileiro após ele e sua família sofrerem ameaças. Ele estava na Faixa de Gaza e foi repatriado pelo Brasil no início da semana. Hasan está em São Paulo. 

Hasan ficou conhecido nas redes sociais por publicar vídeos que relataram o cotidiano do grupo de brasileiros que estavam em Gaza. Ao ser repatriado, o palestino-brasileiro deixou a mãe e duas irmãs. 

Nos últimos cinco dias, Hasan recebeu mais de 200 ameaças. Em conversa com o jornalista Túlio Amâncio, o palestino-brasileiro informou que procurou uma advogada especialista em direito internacional para dar entrada com o pedido de proteção. Além disso, entrarão com pedido de escolta junto ao Ministério da Justiça. 

“Não mudou nada. Saímos de uma guerra para outra”, disse Hasan à Band. Ele informou que, por conta dessas mensagens, pensa em sair do país. 

Em mensagens que a Band teve acesso, alguns usuários enviaram ao repatriado que ele tem que “queimar no inferno com esses terroristas pilantras”, “já vimos suas postagens, não deveria nem estar no Brasil”.

A Coordenação-Geral do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) está vinculado à Diretoria de Defesa dos Direitos Humanos e desenvolve suas atividades no âmbito da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). 

“O PPDDH tem por objetivo oferecer proteção às defensoras e aos defensores de direitos humanos, comunicadoras e comunicadores e ambientalistas que estejam em situação de risco, vulnerabilidade ou sofrendo ameaças em decorrência de sua atuação em defesa desses direitos”, informa a pasta sobre o programa. 

O Grupo Bandeirantes entrou em contato com o Ministério dos Direitos Humanos, mas não recebeu posicionamento da pasta até o momento de publicação desta reportagem.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais