A maior milícia do Rio de Janeiro passa a ser chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, irmão do miliciano Ecko, morto em uma operação policial, em junho. O serviço de inteligência da Polícia Civil monitorou a mudança de comando do grupo paramilitar, que atua na zona oeste da cidade, e tem também controle em áreas da Baixada Fluminense e Costa Verde.
Zinho está foragido, e é o terceiro da família a assumir a milícia. Antes de Ecko, a quadrilha era comandada pelo criminoso Carlinhos Três Pontes, irmão do miliciano. Outro criminoso que disputa territórios com ele é Danilo Dias Lima, o Tandera, que controla áreas na Baixada Fluminense e Região Metropolitana.
As investigações da Delegacia de Repressões a Ações Criminosas Organizadas contra os grupos chegaram a mais dois milicianos, Peterson Martins Pinho e Rodrigo Edson de Oliveira Pinto, que trabalham para Zinho. Eles eram responsáveis por extorquir motoristas de transporte alternativo de Campo Grande, na Zona Oeste.
Segundo a Draco, motoristas são obrigados a pagar uma taxa para que pudessem rodar com a van no itinerário de domínio da milícia. Cada veículo recebe uma espécie de selo, caso o profissional efetue o pagamento. O valor varia de acordo com a linha.
Foram apreendidos selos e dinheiro em espécie com os presos. Segundo a Polícia, quem não participasse do esquema podia ter a van queimada.