Jornal da Band

Agenda feminista homenageia mulheres que lutaram pela democracia

São doze mulheres de diferentes segmentos da sociedade, apresentadas, uma em cada mês, por 12 autoras convidadas

Luciano Dias

Uma das referências da música brasileira, Elza Soares foi perseguida durante a ditadura. E teve que se exilar na Itália. Elza sores é uma das doze mulheres que enfrentaram o regime militar e que estampam uma das edições da agenda feminista 2024.

A ideia da iniciativa é recuperar e homenagear mulheres que atravessaram a ditadura e simbolizam a luta pela liberdade. São doze mulheres de diferentes segmentos da sociedade, apresentadas, uma em cada mês, por 12 autoras convidadas.

 A historiadora Dulce Pandolfi, presa e torturada na década de 70, escreveu sobre a professora Cecília Coimbra, fundadora do movimento tortura nunca mais.

"Ela participa das lutas do pré-64, como movimento de cultura popular. Participou da campanha de alfabetização de adultos do Paulo Freire. E depois dos pós 64 ela se engaja de corpo e alma na luta pela derrubada do regime", explica Dulce Pandolfi, historiadora.

A estilista Zuzu Angel ficou marcada pela procura do filho, Stuart Angel, morto dentro de uma instituição militar.

"Para transformar o luto dela em um instrumento de denúncia. Em 1971, em setembro, ela fez um desfile no consulado brasileiro em Nova York. Ela coloca os famosos vestido denuncia em que ela bordou desenhos quase infantis de tanques e caps e fuzis em vestidos brancos de algodão", afirmou Virginia Starling, historiadora.

A líder sindical Margarida Alves também foi lembrada. Ela inspirou a marcha das margaridas manifestação de trabalhadoras que acontece sempre em agosto.

"Ela moveu em torno de 600 ações judiciais trabalhistas por redução de jornada de trabalho, direito as férias, carteira assinada. Por isso ela foi assassinada por um pistoleiro em agosto de 1983 e aí esse perfil da Margarida está na agenda no mês de agosto", disse Marcela Telles, historiadora.

"A gente lembrar o que essas mulheres sofreram nesse momento. Em alguns momentos elas sofreram, outros momentos elas resistiram", afirmou Ana Cecília Impellizieri, jornalista.

"Quando a gente conhece a história dessas mulheres. Então hoje é possível nós retomarmos a luta dessas mulheres e defender a democracia no Brasil"

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