O julgamento do caso da Boate Kiss deve durar cerca de 15 dias e pode se tornar o maior da história de Porto Alegre. O tribunal deve contar com um recurso que envolve tecnologia 3D para analisar o caso, que envolve a morte 242 pessoas em Santa Maria (RS).
O julgamento começará na quarta-feira (1). Cerca de 70 familiares das vítimas devem acompanhar o caso em Porto Alegre. Outros ficarão em Santa Maria, onde há uma vigília, com cruzes e fotos.
A acusação pretende usar um recurso de tecnologia para mostrar cada ambiente da boate. Tudo foi reconstruído com laudos periciais e informações que constam no processo. Mas a defesa de um dos reús tenta impedir que esse recurso seja usado.
No banco dos réus estarão os dois sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha, da banda Gurizada Fandagueira. O uso de um artefato pirotécnico durante apresentação do grupo musical causou o incêndio, há quase nove anos.
Agora o julgamento terá participações de 20 testemunhas e depoimentos de 14 sobreviventes. Além dos 242 mortos, 636 pessoas ficaram feridas.