São Leopoldo é uma das cidades que mais sofreram com a catástrofe climática no Rio Grande do Sul. O município, que fica na região metropolitana de Porto Alegre, teve 180 mil dos 240 mil habitantes afetados pela inundação, o que representa 75% da população.
O Rio dos Sinos, que passa pela cidade, atingiu a marca história de 8 metros e 20 centímetros. A população não pensava que o rio subiria tanto. “A princípio o povo não achou que ia subir assim, ninguém pensou”, diz o taxista Zelecir Escoto, afetado pela enchente.
O sistema de contenção de cheias não aguentou — a água cobriu os diques, com muros colocados para evitar que enchente entre na cidade. Voluntários agora levam água e comida para moradores que, mesmo ilhados, não quiseram abandonar as casas.
Atualmente, 12 mil pessoas seguem desabrigadas, o estado de calamidade foi até reconhecido pelo governo federal. Mais de 100 abrigos foram montados. Uma das faculdades da cidade abriga 1,3 mil pessoas, por exemplo.
Daiane de Moura, que está abrigada na unidade educacional, veio com outras 10 pessoas que moram com ela. “Fomos surpreendidos pela água e agora eu me preocupo com meus filhos”, diz.
Foi em São Leopoldo que uma égua foi resgatada na terça-feira (14), do terceiro andar de um prédio. A suspeita do Corpo de Bombeiros é que ela tenha subido pelas escadas, ao tentar fugir da água. Sem ter para onde ir, acabou ficado presa. Ela foi resgatada por veterinários e unidades de socorro que atuam na região.