A Polícia Federal realizou um esquema especial para a prisão do ex-jogador Robinho, que se entregou noite desta quinta-feira (21), após o STJ determinar que ele cumpra a pena de 9 anos de prisão da Justiça italiano por um caso de estupro.
Robinho entrou por um portão lateral da sede da Polícia Federal de Santos, para evitar a movimentação da imprensa. Um carro prata, da mesma cor que saiu do apartamento do ex-atleta em Santos, chegou a passar na entrada principal da entidade, mas o jogador não se encontrava nele.
Robinho passará por audiência de custódia na Justiça Federal de Santos, no litoral de São Paulo.
O ex-jogador foi detido nesta quinta-feira (21) após a Justiça Federal de Santos cumprir ordem do Superior Tribunal de Justiça, que determinou a prisão.
Em nota, a Polícia Federal confirmou a prisão.
"A Polícia Federal na noite desta quinta-feira, 21/3 cumpriu mandado de prisão, emitido pela 5ª vara Federal de Santos, em desfavor de Robson de Souza.
O preso passará por exame no IML, por audiência de custódia e será encaminhado ao sistema prisional".
O caso
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira (20), por 9 a 2, que Robson de Souza, nome do ex-jogador de futebol Robinho, deve cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo ao qual foi condenado na Itália.
Os ministros do STJ não examinaram as provas e o mérito da decisão da Justiça italiana, mas julgaram se foram preenchidos todos os requisitos legais para que a pena de prisão seja cumprida no Brasil, conforme requerido pela Itália.
Robinho foi condenado na Itália em 2017 pelo crime que aconteceu em 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, e a vítima era uma jovem albanesa. Outros cinco brasileiros foram denunciados por participação no caso, mas apenas Robinho e Ricardo Falco foram levados a julgamento na Itália.
Em 2022, a corte italiana julgou a última instância e chegou ao veredito final da condenação de Robinho por nove anos. Por ser cidadão brasileiro, o jogador não foi extraditado.