Sensibilidade, retratos de comunidades até então invisíveis e os cliques em preto e branco são as marcas registradas das fotografias de Sebastião Salgado. O fotógrafo e fotojornalista completa 80 anos nesta quinta-feira (8), como o maior do mundo na área, emocionando o planeta.
O trabalho de Sebastião Salgado, que já registrou trabalhadores industriais, retratos de comunidades indígenas, processos migratórios e o mundo natural, coloca no mundo questões importantes, segundo a fotógrafa Nana Moraes.
“Não são fotografias para colocar na parede e pronto, quando você coloca ou vê uma fotografia do Sebastião você vai para antes da foto, você vai para depois da foto, porque está tudo ali dito no texto que ele escreveu em preto e branco”, diz Nana Moraes.
“Sebastião é mais que um fotojornalista, é mais que um fotógrafo, é um artista, que transcende a fotografia. Entramos nas histórias dele e passamos a viver a realidade através das fotos dele”, diz o fotógrafo Ricardo Stuckert.
Em preto e branco, o estilo virou marca do fotógrafo. Para Sebastião Salgado, a ausência de cores permite ao público interagir com a obra. Entre as obras que são destaques, tem até para cegos: o recém-lançado “Amazônia Touch”, com imagens em braile, além do recordista de vendas, “Gênesis”, de 2013, que revela aspectos da natureza pelo mundo e que vendeu 100 mil cópias.
Com mais de 50 anos de carreira, Sebastião Salgado recebeu os principais prêmios de fotografia do mundo. Mais do que eternizar histórias nos retratos, o fotógrafo se preocupa com a preservação dos espaços que o inspiram.
